Forehand na corrida

Nadal é considerado o melhor "ABS" do circuito. Sua capacidade de frear e recuperar-se muito rápido o faz parecer muito mais rápido do que ele realmente é


Foto: Ron C. Angle/TPL

1 Nesta sequência de fotos, Rafael Nadal segue para bater um forehand na corrida. Ele já fez a sua preparação e inicia o movimento para o impacto com a bola com o corpo inclinado para frente, porém com a cabeça alinhada e os olhos fixos na bola, garantindo um bom equilíbrio.

 

Foto: Ron C. Angle/TPL

2 Por sofrer pressão de tempo, Nadal não pode posicionar suas pernas (base) de maneira ideal, amputando a cadeia de coordenação e utilizando apenas o braço para gerar potência no golpe. É importante ressaltar que, mesmo longe da posição ideal para bater, ele consegue manter o ponto de contato à frente do corpo. Ele utiliza um passo largo como recurso de emergência para alcançar a bola.

 

Foto: Ron C. Angle/TPL



3 A cabeça segue equilibrada, a ponta da raquete passa alta após o contato por ser mais veloz que a mão gerando o topspin. A perna direita aproxima-se do solo, sendo que a primeira parte a tocar o chão é o calcanhar. Observe que, em relação ao início do golpe, e mesmo correndo e sob pressão, ele consegue entrar um pouco na quadra, cortando caminho para alcançar a bola. Inicia-se o processo de frenagem e recuperação, que é uma das suas melhores qualidades e que poucos a observam.

Foto: Ron C. Angle/TPL

4 Cabeça ainda focando o ponto de contato apesar de a bola já estar retornando ao campo adversário. Ombros e quadril alinhado, pé direito todo em contato com o solo iniciando a flexão dos joelhos.

#Q#

Foto: Ron C. Angle/TPL




5 Os olhos focados na bola, início da rotação do quadril, corpo bem equilibrado (centro de gravidade baixo) e peso do corpo bem distribuído. Momento em que a perna esquerda começa a se preparar para a frenagem.

 

Foto: Ron C. Angle/TPL



6 Pé esquerdo começa a tocar no chão novamente. A primeira parte que toca o solo é o calcanhar, para reduzir a velocidade e auxiliar na frenagem e recuperação. Nadal segue com o seu centro de gravidade baixo. Esta fase finaliza a aterrissagem e inicia a recuperação.

Foto: Ron C. Angle/TPL


7 A partir de agora, Nadal inicia a sua recuperação. O pé direito começa a girar e apontará para a direção que deseja se deslocar. A perna esquerda "plantada" ao lado do corpo faz força para frear e manter o equilíbrio. Ele segue com o equilíbrio perfeito, mantendo a cabeça centrada sobre os ombros.





8 A perna esquerda faz uma bela força contra o solo, impulsionando-o e transferindo o peso do corpo para a perna direita, dando início ao "cross over step" (passo tesoura). O pé direito completa o giro e, a partir desse momento, Nadal seguirá deslocando-se apenas nas pontas dos pés.

#Q#

Foto: Ron C. Angle/TPL



9 Execução do cross over (tesoura), tronco inclinado auxiliando no deslocamento.




Foto: Ron C. Angle/TPL


10 Nadal finaliza o cross over com as duas mãos na raquete, restando apenas executar o split step. A partir do split, ele estará pronto para reagir para a próxima jogada. Observação: Desde que Nadal aterrissa com o pé direito sobre a linha de duplas, o pé permanece sempre no mesmo lugar, executando apenas um giro (pivô) para a direção em que ele deseja se deslocar.

Paulo Passold E Giovani Bardini

Publicado em 15 de Dezembro de 2010 às 06:45


Técnica/Drills

Artigo publicado nesta revista

2010 - o ano do Touro

Revista TÊNIS 87 · Janeiro/2011 · 2010 - o ano do Touro