ATP Tour
Sérvio tenta bons resultados após derrotas precoces nos Estados Unidos enquanto espanhol busca ritmo após lesão
Foto: Ben Solomon/Tennis Australia
Terceiro torneio deste nível da temporada, o Masters 1000 de Monte-Carlo teve o início de sua chave principal neste domingo (14). Dando início a gira europeia de saibro para os principais nomes do circuito masculino, que não estiveram na disputa nos torneios de Marrakech e Houston, a competição disputada no Principado de Mônaco traz grandes questionamentos sobre o momento dos dois tenistas que lideram o circuito, o sérvio Novak Djokovic e o espanhol Rafael Nadal.
Líder do ranking mundial, Djokovic vem de uma sequência de derrotas frustrantes. Em Indian Wells, caiu na terceira rodada para o veterano alemão Philipp Kohlschreiber. Na sequência, em Miami, ele foi uma fase mais longe, mas acabou derrotado pelo espanhol Roberto Bautista Agut ainda nas oitavas.
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Ao todo, Nole soma 16 jogos em 2019. São treze triunfos e três derrotas. Apesar dos bons números - impulsionados pelo título do Australian Open em janeiro - o tenista de 31 anos preocupa os fãs por conta da inconsistência encontrada durante algumas de suas partidas mais recentes. Para alguns, falta para o jogador nascido em Belgrado a mesma gana encontrada nos Grand Slam durante o restante das competições.
Outro fator que ajuda a criar dúvidas sobre a capacidade de Djokovic de ir bem é a falta de campanhas convincentes no piso de terra batida nos últimos anos. Desde o título em Roland Garros em 2016, ele não conquistou nenhum troféu no saibro. Seu melhor resultado foi o vice-campeonato em Roma/2017 após perder para Alexander Zverev por 6/4 e 6/3. Campeão em 2013 e 2015, Novak não chegou as semifinais em Monte-Carlo nos três últimos anos, após derrotas para Jiri Vesely (2ª rodada em 2016), David Goffin (quartas de final em 2017) e Dominic Thiem (oitavas em 2018).
Não há dúvidas no mundo do tênis sobre a capacidade de Nadal no saibro. Não atoa ele leva o apelido de "Rei" no piso. Entretanto, o grande questionamento para o canhoto de Manacor é sobre suas condições físicas. No começo do ano, ele desistiu do ATP de Brisbane por dores na coxa e por isso deu o pontapé na temporada no Australian Open, onde foi finalista após grande campanha. Em Acapulco, uma derrota para o sempre perigoso Nick Kyrgios o fez cair nas oitavas. Até aí, tudo bem.
Em Indian Wells, entretanto, Rafa voltou a ter o seu corpo como vilão. Durante as quartas de final, o jogador de 32 anos sentiu dores durante todo o segundo set da partida contra o russo Karen Khachanov e precisou mostrar toda sua entrega para garantir a classificação, que acenou pela possibilidade do 39º duelo entre ele e seu nêmesis, o suíço Roger Federer. A partida, porém, não aconteceu. Ainda sofrendo com o incômodo no joelho direito, Nadal desistiu do duelo e preferiu preservar o seu físico para esta parte do ano, onde defende quase 4.680 dos seus 8.725 pontos no ranking da ATP.
Second week of practice on clay ✅ VAMOS @RafaelNadal! 💪🏼 #SundayMood 😊 pic.twitter.com/qfYMNtMYKt
— Rafa Nadal Academy by Movistar (@rnadalacademy) April 7, 2019
Quase um mês depois, o número #2 do mundo parece estar em melhores condições. Em vídeos publicados no perfil de sua academia e da ATP Tour no Twitter, o dono de 17 títulos de Majors parece afiado e pronto para mostrar um alto nível de tênis novamente. Se for campeão em Monte-Carlo, ele levará o 12º caneco, um recorde de títulos no mesmo torneio entre os homens.
De uma forma ou de outra, Djokovic e Nadal são os grandes favoritos ao troféu. Apesar dos caminhos complicados - Nole pode jogar contra Kohlschreiber, Jo-Wilfried Tsonga, Daniil Medvedev e Stefanos Tsitsipas até as quartas, enquanto Rafa têm Bautista Agut, Denis Shapovalov e Stan Wawrinka como virtuais oponentes no mesmo período – eles podem fazer valer da experiência como diferencial no torneio.
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Publicado em 14 de Abril de 2019 às 09:54