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Juventude a toda prova

Juventude a toda prova

Marcelo Ruschel/ Poapress

QUANDO SE É JOVEM, TUDO É IMEDIATO, TUDO É URGENTE. É até curioso isso, pois o tempo está a seu favor quando se tem pouca idade. Ele passa a ser um inimigo quando você se olha no espelho e vê que as coisas andaram mais rapidamente do que se imaginava e é preciso aproveitar o quanto resta. Ainda assim, a experiência de vida costuma dizer aos mais velhos para sempre irem devagar. Deve haver alguma sabedoria nisso, do contrário a humanidade não seria como é.

Ver os juvenis em ação nos torneios de tênis nos faz pensar em milhares de coisas. Uma delas é que, apesar de quererem tudo para ontem, costumam demorar para aprender algumas coisas que parecem bem simples. Mais do que isso, percebese que o ditado “a teoria só se aprende na prática” é totalmente real, especialmente dentro da quadra. Nota-se que garotos da mesma idade, porém com mais vivências, tendem a se dar muito melhor.

Nesses últimos meses, a Revista TÊNIS acompanhou os principais resultados dos juvenis brasileiros e esteve vendo o que aconteceu de melhor nos principais torneios do Brasil, como o Banana Bowl, por exemplo, e, além de apontar os destaques dessas competições para que o público conheça um pouco quem são os meninos e meninas que no futuro podem brilhar em palcos maiores do tênis (e a gente torce por isso), também resolveu falar com os treinadores dessa meninada.

Nessa conversa, tratamos de algo que reconhecidamente muitos juvenis simplesmente se esquecem: a tática de jogo. Sempre ansiosos, poucos dão importância para isso e alguns sequer conseguem compreender como devem atuar e por quê. No entanto, em um torneio juvenil, o mais comum é notar que os mais preparados nesse quesito quase sempre se sobressaem. Portanto, os técnicos disseram como tentam incutir em seus atletas esse pensamento estratégico e quão difícil é essa missão.

Esta visão, mesmo que aparentemente dedicada aos jovens, contudo, não deve ser negligenciada por quem já acumulou algumas experiências de vida e de quadra. Há momentos em que é preciso voltar ao começo, relembrar os conceitos, para poder seguir em frente com mais confiança – mesmo que você, há tempos, não seja um juvenil.

Bom jogo!
Arnaldo Grizzo e Christian Burgos


Editorial

Artigo publicado nesta revista