Sem Flávio Saretta e Marcelo Melo, jogando fora de casa e no carpete, time brasileiro foi presa fácil para os austríacos
Time brasileiro não conseguiu vencer um set sequer nos primeiros três jogos |
LONGE DO GRUPO Mundial da Copa Davis desde 2003, o Brasil não conseguiu superar a Áustria na repescagem do torneio, realizada entre os dias 21 e 23 de setembro em Innsbruck, e terá que amargar mais um ano fora da elite do tênis. O sonho pelo retorno do Brasil ao seleto grupo dos 16 países que disputam o Grupo Mundial começou a desmoronar antes mesmo do embarque da equipe para a Europa.
Flávio Saretta, tenista número um do Brasil e principal esperança de vitória nas partidas de simples, deixou a equipe às vésperas da viagem por causa de uma fissura óssea no braço direito. Para piorar a situação, o duplista Marcelo Melo, que defenderia o Brasil pela primeira vez na competição, decidiu não viajar com o grupo para não trazer complicações ao País, já que tentava se defender junto à ITF da acusação de doping por ter ingerido um remédio de componentes proibidos que constam na lista da entidade.
O versátil Youzhny será importante na decisão |
Com estas duas baixas, a vitória no confronto, que já era improvável, passou a ser considerada um milagre. A árdua missão de abrir o duelo contra os austríacos ficou nas mãos do jovem canhoto Thomaz Belucci, de 19 anos, que não foi páreo para Jurgen Melzer. Em seguida, a derrota de Ricardo Mello para Stefan Koubek diminuiu a esperança que ainda restava e a confirmação do fracasso brasileiro veio logo no dia seguinte, nas duplas, quando André Sá e Gustavo Kuerten perderam para Julian Knowle e Melzer. Até então, o Brasil não tinha anotado um set sequer. No último dia do confronto, Mello voltou a perder, desta vez para Melzer, mas André Sá conseguiu um ponto de honra para o Brasil ao derrotar Werner Eschauer, finalizado o duelo em 4 a 1 para os austríacos.
Roddick foi decisivo contra a Suécia |
NOVA CHANCE
Em 2008, o Brasil volta a disputar o Zonal Americano. Novamente o País será cabeça-de-chave e sairá adiantado. Basta portanto vencer o primeiro duelo, contra o vencedor do confronto entre Uruguai e Colômbia. Quem passar, de uruguaios e colombianos, terá de vir ao Brasil em 11 de abril do próximo ano e assim teremos mais uma boa chance de alcançar o paly-off.
Final entre Rússia e Estados Unidos na Davis
Os Estados Unidos serão sede da final da Copa Davis 2007 e têm a chance de vencer o torneio pela 32ª vez. A partir do dia 30 de novembro, diante da Rússia, os norte-americanos reeditarão a final de 1995, quando conquistaram o título pela última vez, e podem acabar com o maior jejum que o país já enfrentou no torneio. Há 12 anos, o time dos EUA, formado por Pete Sampras, Jim Courier e Todd Martim, bateu a Rússia, com Yevgeny Kafelnikov, Andrei Chesnokov e Andrei Olhovskiy, no saibro em Moscou.
Desta vez, os russos terão de encarar uma quadra rápida, que será especialmente projetada para ajudar no desempenho de Andy Roddick, que foi a estrela da semifinal contra a Suécia. Suas belas atuações, somadas à eficiência dos irmãos Bob e Mike Bryan, garantiram a vaga à equipe norte-americana, que venceu os suecos no carpete de Gothemburgo, por 4 a 1.
Os russos, por sua vez, encontraram mais dificuldades para avançar à decisão. A semifinal contra a Alemanha só foi definida no último dia, depois que Mikhail Youzhny empatou o duelo ao vencer Philipp Petzschner e, em seguida, Igor Andreev passou por Philipp Kohlschreiber.
Além de definir os finalistas, a terceira rodada da Copa Davis também determinou as últimas oito vagas para a disputa do Grupo Mundial em 2008. Os destaques foram as classificações inéditas da Sérvia, que venceu a Austrália, e do Peru, que derrotou a Bielo-Rússia. Os outros países classificados para a elite da Davis no próximo ano são: Grã-Bretanha, Israel (que rebaixou o Chile de Fernando Gonzalez e Nicolas Massú), República Tcheca (que relegou a Suíça de Roger Federer à segunda divisão), Áustria, Coréia do Sul e Romênia.
Publicado em 18 de Outubro de 2007 às 07:15