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Mês do tênis

Editorial - Edição 125


Teliana Pereira

O COMEÇO DO ANO NÃO PODERIA TER SIDO MELHOR para o fã de tênis no Brasil. Logo depois do Aberto da Austrália, as ações se voltaram para a América do Sul, mais do que isso, para o Brasil especificamente, com três grandes eventos que reuniram a nata do tênis mundial entre homens e mulheres. Mesmo quem não pode acompanhar in loco, esteve atento à televisão para ver o que estava acontecendo nas quadras brasileiras.

Ter grandes torneios por aqui não é apenas uma oportunidade para vermos os melhores do mundo atuando de perto, é uma chance para inocular o “vírus do tênis” na cabeça dos mais jovens e, futuramente, torcer para que alguns deles estejam aí, nesses palcos, representando o País. Mas se é uma porta para o futuro, também é um espaço para os tenistas do presente.

No mês de fevereiro, em Florianópolis, no Rio de Janeiro e em São Paulo, pudemos torcer pelos jogadores brasileiros, entre eles os duplistas Bruno Soares e Marcelo Melo, ambos no top 10 do ranking de duplas. Mesmo sem terem vencido os torneios, deram show em quadra com jogadas mágicas. Acompanhamos ainda, com curiosidade, um “renascimento” de Thomaz Bellucci, além da confirmação da capacidade de Teliana Pereira de jogar em pé de igualdade contra as melhores do mundo. Isso sem contar diversos outros tenistas como Rogério Silva, Laura Pigossi, João Souza, Paula Gonçalves, Guilherme Clezar, Beatriz Haddad Maia e muitos mais, que estiveram nesses torneios dando seu melhor, seja na chave principal, seja no qualifying.

Muitos ainda estão lutando para encontrar seus caminhos no profissionalismo e ter algum sucesso. Uma boa inspiração para todos seria Teliana. A menina pernambucana que, mesmo sem ser a mais talentosa de sua geração – e também de outras –, foi a primeira em mais de 20 anos a entrar no top 100. Jogando no Brasil, ela não se intimidou e provou que tem qualidades para vencer grandes torneios. Outro que mostrou ainda ter nível para retornar aos grandes eventos foi Bellucci. O paulista apresentou um tênis consciente e reconquistou a confiança (e também parte da torcida que o acusava de falta de vontade) jogando por aqui.

Se nenhum brasileiro levou título jogando no Brasil, não importa. Ainda assim, o saldo é positivo, pois quem ganhou foi o tênis.

Bom jogo
Arnaldo Grizzo e Christian Burgos

Da redação

Publicado em 17 de Março de 2014 às 00:00


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Artigo publicado nesta revista