Roger Federer tem um dos movimentos de saque mais suaves e precisos de todos
ROGER FEDERER NÃO É O JOGADOR MAIS ALTO e mais forte do circuito. Ainda assim, seu saque é um dos melhores. O suíço sempre termina as temporadas entre os melhores no quesito, liderando ou sempre perto de liderar diversas estatísticas de saque.
Em 2012, por exemplo, ele foi o quarto no geral em número de aces anotados, com 665, perdendo apenas para John Isner, Milos Raonic e Sam Querrey. Também terminou em quarto lugar (atrás do trio citado) em pontos vencidos com o primeiro saque: 78%. Mais do que isso, finalizou em primeiro quando se trata de pontos vencidos no segundo saque, com 60%. Por fim, ficou em nono entre os que mais salvou break-points (69%). Isso mostra o quão efetivo é o saque de Federer.
1. O saque precisa ser potente, equilibrado e rítmico. Por isso, os primeiros movimentos são críticos. O ideal é criar um padrão que funcione bem e que possa ser repeti do inúmeras vezes. Dessa forma, Federer não apressa a sequência de movimentos iniciais |
2. Suas mãos começam juntas e a raquete vai para trás e para baixo enquanto a mão esquerda também desce. O saque tem muitos momentos de movimento, que precisam ser coordenados. A forma dessa coordenação mudou com o tempo. Antes, os jogadores levantavam a cabeça da raquete no mesmo tempo do toss |
3. Atualmente, a maioria retarda um pouco o movimento da raquete, assim como Federer faz. Isso previne que a raquete fique "presa" no alto, o que pode prejudicar a geração de velocidade na cabeça |
4. Federer dobra as pernas e concentra a força nos quadris. Enquanto a bola sobe, o braço direito está curvado e o pulso relaxado. Esse é um dos segredos: quanto maior a tensão, menor a velocidade da cabeça da raquete. O toss vai levemente para a direita. Seu ombro gira de forma que fica difícil para o adversário ler o golpe |
5. Aqui está a famosa posição "troféu". Poucas pessoas discutem esse momento do movimento. Federer está quase abaixo da bola com o peito apontando para cima. A raquete faz um meio-loop e logo vai "cair". Daqui ele faz uma alavanca na direção da bola, transferindo sua energia para o golpe |
6. Na "decolagem", a raquete está no ponto mais baixo. Essa é a chave. Suas pernas, torso e peito estão indo para cima, mas a raquete ainda não começou a se mover. O conjunto de movimento tem um propósito: fazer com que a raquete vá para cima o mais rápido possível |
7. No contato, o braço está todo estendido. Ele faz um pequeno arco com o corpo, pois está se movendo para cima e para a frente (o saque é como um salto mortal). A altura do contato dá a oportunidade de ter mais ângulo. Os olhos estão na bola |
8. Seu pulso pronou na direção da bola e sua inércia segue em direção à quadra. Ele fica com o braço esquerdo junto ao corpo para manter o equilíbrio. O saque é um movimento violento e potente, mas Federer faz com que ele pareça suave e simples |
9. Federer aterrissa dentro da quadra com o pé esquerdo. O pé direito vai para trás, também para ajudar no equilíbrio, assim como os joelhos estão dobrados. Dessa forma, já está posicionado para a próxima jogada |
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Publicado em 26 de Dezembro de 2012 às 09:12
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