Dessa vez não!!!

Você pode derrotar aquele seu adversário que sempre o vence. Saiba como


Fotos: SXC e Ron C. Angle/BEImages Sports

TODOS POSSUEM seu nêmesis. Ele (ou ela) é o seu igual em termos de habilidade e vocês têm recordes similares contra outros oponentes. De alguma maneira, contudo, seu nêmesis sempre sai vitorioso nas partidas contra você. não tem como perder sempre, mas você perde e isso o faz duvidar de si mesmo. Talvez você tenha uma fraqueza mental ou de caráter? Logo você não quer jogar com essa pessoa, pois ambos já sabem quem vai ganhar, e não é você.

Já estive nesta situação. A mesma coisa aconteceu comigo em meu terceiro ano na UCLA e isso fez dos meus anos de tênis na faculdade uma experiência infeliz. Terminei a temporada anterior como número um do time e 15o do país. Então, meu melhor amigo no tênis, Larry nagler, entrou para a equipe da UCLA. Ele era um ano mais novo que eu, mas estávamos no mesmo nível. Havia vencido Larry na única vez que o enfrentei em um torneio. Porém, ele era um grande atleta, que também jogava basquete.

Fotos: SXC e Ron C. Angle/BEImages Sports
A maior rivalidade do tênis atual, sem dúvida, é entre Roger Federer e Rafael Nadal. Certamente, várias dúvidas passam pela cabeça do suíço quando enfrenta o espanhol

Meu jogo dependia muito de habilidade, determinação e velocidade, e Larry não era tão habilidoso (na minha opinião, não na dele), era mais veloz, um pouco mais forte e tão determinado quanto eu. Nossos três jogos seguintes foram muito duros, mas ele venceu. Nosso treinador, observando os resultados, promoveu Larry para número um. Sendo assim, institui um programa de treinos alucinante para tentar derrotá-lo.

Encontramo-nos novamente na final do torneio seguinte e, mesmo eu abrindo uma uma vantagem no começo, ele venceu em três sets. Na partida seguinte, eu estava muito medroso, especialmente nos pontos importantes, e comecei a cometer erros estúpidos. Perdi de maneira terrível e decidi que não queria enfrentar Larry nunca mais.

Busque uma disciplina mental
Saber que grande parte do problema estava na minha cabeça fez com que isso fosse devastador para mim. Felizmente, havia uma solução. Percebi que devia substituir minha falta de confiança por disciplina emocional.

Quando jogamos, no ano seguinte, decidi não olhar para Larry, mas, em vez disso, forçar-me a olhar para a bola continuamente e, ainda, tirar minha cabeça do placar repetindo mecanicamente, toda hora: "Olhe a bola". Isso era mentalmente exaustivo, mas efetivo, e venci a partida convincentemente. Nos anos seguintes, Larry e eu jogamos mais três vezes e venci duas. Ele continuou sendo um pesadelo para mim, mas com disciplina, aprendi a derrotá-lo.

Institua rituais e os siga
Você pode ter uma atitude similar para derrotar o tenista que sempre lhe vence. Primeiramente, restrinja o seu foco. Entre os pontos, mantenha seus olhos nas cordas da raquete, na bola, no seu pé ou qualquer coisa neutra por perto. O objetivo é parar de pensar no oponente e se concentrar nas coisas que não vão ativar respostas negativas em seu jogo.

Em segundo lugar, jure não reagir emocionalmente em um ponto perdido, não importa quão estúpido tenha sido o erro ou quão bom tenha sido o golpe de seu adversário. Este jogador faz com que você sinta medo e insegurança, então, você terá uma propensão a se tornar emocional. Seja prudente e lute contra isso.

Finalmente, tire os pensamentos sobre o placar e a vitória na partida da sua cabeça. Fazer isso é difícil, obviamente, mas tente pensar em maneiras de executar os seus golpes e sua estratégia. Por exemplo, diga a si mesmo para olhar a bola, manter o seu peso na frente do corpo e ficar relaxado. Os rituais podem variar, mas é melhor você mantê-los simples e sem emoções. Quando pensamentos sobre a vitória ou o placar se intrometerem, mande-os para longe e volte aos seus rituais. Manter essa tática por toda uma partida requer disciplina e esforço, porém os resultados valem a pena.

From Tennis Magazine. Copyright 2009 by Miller Sports Group LLC. Distributed by Tribune Services

Allen Fox

Publicado em 24 de Junho de 2009 às 12:19


Instrução - Mental

Artigo publicado nesta revista