Instrução Golpe

Goleiro no pênalti!

Tem horas em que a melhor alternativa para devolver o saque é simplificar e apenas bloquear o serviço adversário


1. Em uma quadra rápida, é essencial ter agilidade e bons reflexos. Veja que Tsonga já fez o split-step (salto seguido de parada de pernas), essencial para devolver bem um saque, e está se preparando para interceptar a bola. 2. Para executar um bom bloqueio, você deve vir em direção à bola, e não ficar esperando por ela. Por isso, o jogador francês está vindo para a frente e vai dar um passo para golpear a bola na diagonal. 3. Repare que a preparação é curta. Na primeira imagem, ele está com a raquete na frente do corpo e aqui, pouco antes de interceptar a bola, ela está na direção do ombro, sem ir para trás como num forehand convencional

A velocidade no tênis é cada vez maior apesar de todos os esforços para que as superfícies fiquem mais lentas e, com isso, haja mais trocas de bola durante os pontos. Sendo assim, ter o saque na mão é essencial para imprimir o ritmo do ponto e saber “se defender” na recepção para anular essa arma, também. Diante de grandes sacadores, há momentos em que não é possível fazer movimentos completos na hora de responder um serviço e uma boa alternativa é “apelar” para um bloqueio. Mas bloquear um saque não precisa ser só na hora do aperto. Pode ser uma opção tática para diminuir o tempo de reação do oponente, usando a força dele para a bola voltar, ou mesmo para tentar diminuir os seus próprios erros de devolução, colocando mais bolas na quadra, fazendo com que o adversário jogue o ponto. Então, vamos ver e aprender como Jo-Wilfried Tsonga faz um bloqueio eficiente na devolução.

Use a força do adversário, venha para a frente e intercepte a bola na diagonal

4. Como um goleiro de futebol na hora pênalti,
ele “se joga” em direção
à bola, pegando-a na frente do corpo, com um movimento muito rápido da cabeça da raquete, para aproveitar a força do adversário.
5. Veja como, no split-step, ele está cerca de um metro atrás da linha de base e, ao interceptar a bola, já está sobre ela. Tsonga ainda dá uma pequena “triscada” na bola, para que ela pegue algum efeito ao ir para o outro lado da quadra. 6. Por ter vindo em diagonal para interceptar um saque aberto com um bloqueio, ele perde menos terreno do que se tivesse esperado atrás da linha de fundo e agora consegue recuperar a quadra mais facilmente.
Por Arnaldo Grizzo

Publicado em 29 de Agosto de 2014 às 00:00


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Artigo publicado nesta revista

Tsonga

Revista TÊNIS 131 · Agosto/2014 · Tsonga

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