De Brasília à Curitiba

Na ordem: Alexandre Albarici, Luisa Rosa, Gabriel Friedrich, Carlos Longhi Neto, Thaísa Pedretti , Gabriela Cé e Gustavo Bastos

PARA OS JUVENIS BRASILEIROS, o mês de julho sempre significava uma viagem para Brasília. Durante anos, o Campeonato Brasileiro Infanto-Juvenil - o Brasileirão - foi realizado na capital nacional, sob o sol seco do inverno do Centro Oeste. Em 2011, porém, a meninada precisou pegar alguns casacos a mais para a viagem já que a disputa ocorreu em Curitiba, no Santa Mônica Clube de Campo.

O frio do sul do País, no entanto, não foi empecilho para os jovens empenhados em ganhar o título de "Campeão Brasileiro". Assim, as disputas em quadra foram quentes. Divididos em dois grupos de acordo com o ranking (G1 e GA), meninos e meninas lotaram as quadras do clube e protagonizaram grandes duelos.

Alguns nomes já estão se tornando batidos no Brasileirão, com jovens que conseguem manter a hegemonia em suas categorias em anos consecutivos ou mesmo quando mudam de categoria. Mas, na maioria dos casos, sempre novos talentos alcançam as últimas rodadas deste campeonato tão concorrido.

"REPETIDOS"
Quem repetiu a dose e conseguiu levar o bicampeonato foi a gaúcha Luisa Rosa, nos 16 anos. Em 2010, seu primeiro ano na categoria, a garota não era considerada a principal favorita e precisou lutar muito para ficar com o título, seu primeiro no Brasileirão. Neste ano, mais madura e confiante, não deu qualquer chance para as adversárias.

Outro jovem que por pouco não conseguiu um tricampeonato foi Thiago Pinheiro. O cabeça-dechave número um dos 18 anos havia levantado o troféu nas duas edições anteriores (em 2009, foi campeão da categoria 16 anos) e caminhava para terminar seu último ano como juvenil com mais um. Contudo, o gaúcho Gabriel Friedrich o impediu, vencendo-o na final.

Nos 18 anos feminino, a gaúcha Gabriela Cé levou a melhor e, por sua vez, sagrou-se tricampeã. Assim, a jovem é uma das poucas que pode se orgulhar de dizer que foi campeã brasileira em três categorias diferentes: 14, 16 e 18 anos, algo difícil de conseguir.

Na ordem: André Russo, Luisa Stefani, Letícia Monteiro e Antonioni Fasano

"NOVIDADES"
O Brasileirão também consagrou jovens menos cotados, como nos 12 anos feminino, em que Thaísa Pedretti superou a principal favorita para ficar com o título. Nos 14, a jovem Luisa Stefani foi além e desbancou as duas primeiras cabeças-dechave para levantar a taça. A competição nos 16 anos masculino também foi acirrada, com derrotas precoces dos favoritos, e quem levou a melhor foi o paulista Alexandre Albarici, que na final venceu Rafael Matos - que tinha sido campeão brasileiro dos 14 anos em 2009 - em jogo bem disputado.

As partidas do G1 também foram intensas e trouxeram alegria para diversos jovens que buscam alcançar as principais posições nos rankings juvenis da Confederação Brasileira de Tênis. Assim, Gustavo Bastos, Antonioni Fasano, Gabriela Araújo, Carlos Longhi Neto, Letícia Monteiro, Raul Francisquiny e Priscila Garcia lutaram muito para ficar com o título em suas categorias.

COPA DAS FEDERAÇÕES
Por fim, a Copa das Federações também teve como palco o Santa Mônica Clube de Campo em Curitiba. E, jogando em casa, os tenistas paranaenses levaram a melhor e ajudaram sua federação a sagrar-se campeã, interrompendo a sequência de dois títulos da Federação Paulista. Neste ano, São Paulo teve de amargar o vice-campeonato - que tinha ficado com o Paraná em 2010. Os paranaenses chegaram à final em seis das oito categorias, ficando com o primeiro lugar nos 14 anos masculino e com o vice nos 12, 14, 16 e 18 feminino e 16 e 18 masculino. Esta foi a segunda vez que a Federação Paranaense levantou o troféu da Copa das Federações. A primeira foi em 2002.