Brasil Open

Fatos e imagens da Costa do Sauípe


Minha mãe já sabia
Pode-se dizer que Nicolas Almagro mereceu vencer o Brasil Open. Desde o início foi este espanhol de 22 anos quem mostrou o melhor e mais constante tênis da competição baiana. Durante toda a semana, Almagro esteve concentrado e se dizia muito contente por ter estreado na Copa Davis no fim de semana anterior com vitória diante do Peru. Sua mãe, Mercedes, esteve junto com ele até momentos antes da final, mas não assistiu à partida. "Ela não foi me ver porque sabia que eu ia ganhar", brincou. Este foi o terceiro título de Almagro em ATP, o primeiro fora da Espanha.

Alexandre Gajardoni

Com pressão e emoção
Guga estava se despedindo, nenhum brasileiro passou o quali e os dois convidados perderam logo na estréia. A única esperança brasileira ficou com André Sá e Marcelo Melo. Eles vinham de três derrotas seguidas, mas não decepcionaram. Os mineiros suportaram a enorme pressão de terem a "obrigação" de vencer, pois eram os favoritos e estavam jogando em casa, e levantaram a torcida na Costa do Sauípe, incluindo Carlos Alberto Kirmayr e Cássio Motta, a melhor dupla brasileira da história, que estavam acompanhando a final.

Enfim ele veio
Em 2004 e 2007, Carlos Moyá decepcionou e perdeu na estréia para os brasileiros Tomas Behrend e Thiago Alves, respectivamente. Desta vez, a história quase se repetiu. Ele se salvou diante de Santiago Ventura na primeira rodada e seguiu inconstante durante o resto do torneio. Com a experiência adquirida em seus 31 anos, alcançou a final e brincou com a torcida: "Espero que torçam por mim (na decisão). Já estou velho e talvez não me vejam por aqui novamente".

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Talento e displicência
O talento do italiano Fábio Fognini é inegável. A habilidade que o garoto de apenas 20 anos e 1,77m demonstra com a raquete na mão fascina, mas sua postura, por vezes, irrita. Em certas ocasiões, especialmente quando está atrás no placar, ele parece completamente desligado da partida, mas logo está vibrando novamente com alguns bons pontos. Este estilo meio desleixado de jogar o levou à primeira semifinal de ATP na carreira, mas lá ele encontrou Almagro que esteve focado 100% do tempo e não deu chances às suas artimanhas.

De volta às vitórias
Um dos melhores amigos de Guga no circuito, o equatoriano Nicolas Lapentti não chegava à semifinal de um ATP desde setembro de 2006. Alternando bons e maus momentos nos últimos anos, Nico aproveitou a boa chave para avançar na Bahia. O duelo da semi contra Carlos Moyá foi técnico, com belas jogadas, e decidido em pequenos detalhes em favor do espanhol.

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O ombro não atrapalhou
No ano passado, Filippo Volandri foi um fiasco no Brasil Open. Na estréia contra Guga jogou muito abaixo das expectativas e perdeu, para alegria da torcida brasileira e espanto do resto do mundo. A culpa pela má performance, segundo ele, foi do ombro que estava machucado. Agora, em 2008, sem problemas físicos, o italiano mostrou toda a plástica dos seus golpes, mas sucumbiu diante da potência de Almagro.

Três match-points
Uma das promessas do tênis argentino, o jovem Eduardo Schwank, de 21 anos, dificilmente esquecerá sua campanha no Brasil Open 2008. Como no ano passado, ele novamente furou o qualifying. Na estréia, passou por cima do russo Igor Andreev, um dos favoritos ao título. Em seguida, também não deu chance ao australiano Peter Luczak. Mas, nas quartas, perdeu três chances de fechar a partida diante de Nicolas Lapentti e foi eliminado. Fique do olho neste garoto.

Marcos Daniel e Thomaz Bellucci jogaram abaixo da expectativa em simples, mas foram bem juntos nas duplas
João Pires fotos: Alexandre Gajardoni
Guga jogou dupla ao lado do juvenil André Baran. No final, o garoto se emocionou O tcheco Ivo Minar "bate um papo" com sua raquete na derrota de virada para Fognini
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O espanhol Oscar Hernandez correu muito, deu trabalho para Moyá, mas vacilou no final
João Pires fotos: Alexandre Gajardoni
"Jesus caminha comigo." As tatuagens do austríaco Daniel Koeller são interessantes Guillermo Coria tenta explicar o quanto a parte mental ainda lhe atrapalha
Duas duplas brasileiras se encontraram nas semifinais
Da redação

Publicado em 3 de Março de 2008 às 07:47


Torneio

Artigo publicado nesta revista