Duas irmãs que jogam tênis juntas desde crianças. Sonhavam em ser profissionais. Conseguiram. Sonharam ganhar títulos de torneios. Conquistaram. Sonharam em vencer um Grand Slam. Antes dos dezoito anos, já haviam chegado ao feito. Sonharam em ser número um do mundo. Também alcançaram. Quem um dia já entrou em uma quadra de tênis para treinar sabe o tamanho do feito dessas duas mulheres. E mais um belo capítulo foi escrito nesse último fim de semana.
Equilíbrio ou favoritismo?
Pelo tênis que Venus apresentou nas seis partidas antes da final, a partida prometia ser equilibrada. Serena era favorita, e começou logo quebrando o saque da irmã no primeiro game. Aliás, nos quatro primeiros games, quatro quebras de saque, com as duas Williams demonstrando grande instabilidade emocional.
Venus foi a primeira a confirmar seu serviço, no quinto game, com Serena igualando no sexto. Logo depois, Serena precisou apenas de um break point para quebrar o saque de sua irmã mais velha. Daí em diante, ambas confirmaram seus serviços. Dessa forma, Serena sacou no décimo game para fechar o set e não concedeu sequer um ponto para Venus. Em 42 minutos, Serena fechou a primeira parcial em 6-4.
A história do segundo set foi diferente. Ambas jogadoras sacaram bem, com autoridade, e confirmaram seus primeiros três serviços. Apenas Venus no terceiro game teve que escalar o poço de um 0-40 para fechar seu game de saque. No sétimo game, porém, Venus não conseguiu segurar o ímpeto da irmã. Após "beliscar" no 30-40 e no iguais, a novamente número um do mundo conseguiu a quebra e encaminhou o seu sétimo título de Australian Open.
À frente de Steffi Graf
No décimo game, mais uma vez Serena estava sacando para fechar o set e, dessa vez, o campeonato. Venus ainda resistiu até o 30-30, mas Serena gritou mais alto e fechou o segundo set também em 6-4, novamente em 42 minutos. As duas pareciam felizes no desfecho da partida. Serena por conquistar seu 23° Major, ultrapassando Steffi Graf e ficando agora a um caneco de empatar com a australiana Margareth Court. Já Venus com seu belo desempenho em Melbourne mostrou que ainda é, sim, uma jogadora competitiva aos 36 anos e que ainda poderá incomodar muito esse ano, principalmente em Wimbledon e no U.S.Open. Aguardemos, pois, os próximos capítulos da "Dinastia Williams" do tênis feminino.
