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Dia de jogo

Lições de pai para filho: Dia de jogo


Ron C. Angle/TPL

Seu filho vai receber seus conselhos - você é um modelo para o comportamento dele em quadra, embora não esteja jogando

NÃO HÁ MOMENTO de maior tensão na relação entre pais e jogador do que a competição. No dia do jogo, seu filho estará nervoso, e você também. Aqui vai meu conselho: tenha um plano de jogo diário, e o cumpram (você e seu filho) juntos. Segue um roteiro para ajudá-lo.

CAFÉ DA MANHÃ

Sim, o dia de jogo começa com a primeira coisa de manhã. Talvez seu filho tenha uma refeição favorita para dias de jogos, como meus meninos têm. Obviamente, é sempre uma boa ideia se alimentar de maneira saudável, principalmente nos dias de jogos, mas também existe um aspecto mental para as refeições. Rotinas podem deixar os jogadores mais confortáveis, o que conta muito.

TRAJETO PARA O JOGO

Seu filho gosta de falar sobre tênis no caminho para o jogo, ou conversa sobre outra coisa? Eles podem não querer nem conversar - sempre optei pelo silêncio, ou uma música leve, antes dos jogos, para que pudesse visualizar os pontos por vir. Faça o que for necessário para deixar seu filho relaxado.

CHEGADA

Alguns jogadores gostam de chegar numa partida para alongar, aquecer e ficar familiarizado com as quadras e o ambiente ao redor. Outros preferem comparecer momentos antes do jogo começar para reduzir o nervosismo.

A PARTIDA

Quando jogava, minha mãe aplaudia após os pontos bons, mas não em exagero. Se não, ela apenas se sentava e assistia - e não falava. Preferia não vê-la conversando porque me distraía, e ela sabia disso. Agora que vejo meus filhos jogarem, sei o quanto pode ser difícil acompanhar os filhos jogarem tênis - há aquela sensação de impotência, e você sofre com eles ao longo de um jogo equilibrado. Mas seus hábitos de observação são muito importantes. Toda criança é diferente, mas olhares de desaprovação e gritos não vão ajudar.

Se você não sabe do que seu filho gosta ou não de ver nas arquibancadas, ou que ele/ela acha desagradável, converse a respeito disso. Já vi pais falarem e não prestarem atenção, e isso pode ser ótimo. Quando Vijay Amritraj assistia a seu filho, Prakash, ele lia um jornal - aquilo funcionava com eles. Talvez você não devesse aplaudir, ou talvez seu filho prefira que você acompanhe de longe ao invés de assistir à frente ou ao centro, sempre à vista.

PÓS-JOGO

Seu filho vai receber seus conselhos - você é um modelo para o comportamento dele em quadra, embora não esteja jogando. A coisa mais bacana a se fazer depois de um jogo - não importa o resultado - é aplaudir, parabenizar ambos os jogadores e procurar os pais do adversário do seu filho para parabenizá-los também.

Depois, é o momento de falar com seu filho. Era a única diferença que minha mãe e eu tínhamos quando acabava perdendo o jogo - isso foi algo que tivemos que trabalhar. Ela não conseguia me ajudar dando conselhos e conversando comigo logo depois do jogo. Eu não tinha interesse em conversar. Tudo que queria era ouvir: "Belo esforço", ou nada mesmo; após algumas horas, poderia falar sobre o que deu errado ou como poderia melhorar.

Nos torneios dos meus filhos, já vi todos os tipos de reações após as partidas, algumas calmas e educadas, outras exageradas e que incomodavam. Não acho que a última opção seja construtiva. Não tenha medo de perguntar ao seu filho se ele ou ela quer conversar sobre uma derrota, mas não lhe pressione independentemente dos seus sentimentos. E, por favor, lembre-se: isso é apenas um jogo de tênis, ou um torneio. Não importa o quanto pareça, não é tão importante. Simplesmente não é. Você e seu filho estão correndo uma maratona juntos, não uma prova de curta distância. Esse é o tipo de perspectiva que apenas um pai compreensivo pode oferecer.

From Tennis Magazine. Copyright 2013 by Miller Sports Group LLC. Distributed by Tribune Services

Todos artigos "Lições de pai para filho"

  1. Lições de pai para filho (índice)
  2. Pelo amor ao jogo
  3. Fazendo as escolhas certas
  4. Dia de jogo
  5. A mente do seu filho
Tracy Austin

Publicado em 25 de Junho de 2013 às 12:56


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Artigo publicado nesta revista