A corda quebrou! E agora?

Posso chamar um let? Posso trocar de raquete? O que fazer quando a corda quebra entre o primeiro e o segundo saque?


Talvez você já tenha passado por esta situação. Você está lá, preparado para sacar. Lança a bola. No movimento, ela acerta a quina do aro e a corda arrebenta. O saque vai fora. Não resta outra alternativa a não ser trocar de raquete. Então, você vai até sua raqueteira, pega um equipamento novo e... Primeiro saque?

Nada disso! Trate de sacar o segundo serviço. Segundo as regras, para ter direito novamente ao primeiro saque, a situação teria que ser “inversa” – que você também já deve ter presenciado algumas vezes. No caso, você precisa ter executado um primeiro serviço, a bola ter ido fora e o devolvedor, mesmo a bola tendo sido fora, tê-la golpeado e, com isso, quebrado a corda de sua raquete. Dessa forma, se ele for trocar de equipamento, você terá direito a reiniciar o ponto com um primeiro saque.

Vale lembrar que o recebedor tem ou não a opção de trocar de equipamento caso a corda se quebre nesse momento entre o primeiro e o segundo saque. Caso ele opte por continuar jogando com a corda quebrada, o sacador deve, portanto, ir para o segundo serviço. Em torneios profissionais, contudo, não é permitido aos jogadores iniciarem o ponto com a corda quebrada.

Quebrou no meio do ponto

Mas e quando você está no meio daquela troca de bolas infinitas, batendo aqueles spins pesados e, de repente, a corda arrebenta? É possível voltar o ponto? Definitivamente, não. Você deve continuar a jogada até o término e, só depois, está autorizado a trocar de equipamento. Há casos clássicos de tenistas que jogaram pontos importantes com a corda quebrada, como, por exemplo, o chileno Nicolas Massú no match-point nas quartas-de-final das Olimpíadas de Atenas em 2004 contra Carlos Moyá.

Mas e quando a corda quebra no movimento do serviço, a bola vai boa (ou seja, acerta o quadrado de saque do outro lado da quadra) e o adversário responde? Continue jogando. Você deve terminar o ponto com a corda rompida e só depois pode trocar de raquete.

Dúvidas, sugestões, opiniões: danielglevy@hotmail.com
Daniel G. Levy é árbitro certificado pela ITF desde 1999.

Por Daniel G. Levy

Publicado em 26 de Janeiro de 2015 às 00:00


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Artigo publicado nesta revista