Observar a técnica dos profissionais pode ajudar a melhorar o seu forehand
Da redação em 3 de Abril de 2019 às 09:00
O golpe do forehand é muito conhecido simplesmente como "direita". Contudo, isso só é verdade para os destros. Para os canhotos, o forehand é a esquerda. Como o nome em inglês diz, este é o golpe dado com a parte da frente da mão. Enquanto backhand seria a batida com as costas da mão.
O forehand é o golpe mais importante para 90% dos tenistas e a busca pela potência nesta batida gera, em muitos casos, particularidades técnicas que acabam resultando no oposto. Pode ser o tronco que gira antes da hora, o braço que "fecha" cedo demais ou o giro do quadril fora da centralização de força. Todos esses são aspectos que, embora envolvam esforço e desgaste, podem trazer resultado oposto ao desejado. Da mesma forma, outros aspectos geram "potência" com descontrole, como, por exemplo, o excesso de aceleração no braço e o movimento desuniforme do punho.
Apesar de todos sabermos que tênis não é uma ciência exata e não há apenas uma forma de se executar um bom golpe, se estudarmos os golpes dos melhores jogadores comprovaremos semelhanças em diversos pontos extremamente importantes como: apoio de pernas, preparação e terminação. Então, para ajudá-lo na busca pela "direita perfeita" vamos abordar alguns aspectos comuns presentes em alguns dos melhores forehands do mundo.
CORDA, BASTÃO OU CHICOTE?
Primeiramente, para exemplificar, vamos fazer uma comparação entre uma corda, um bastão e um chicote, buscando um movimento de aceleração e controle ideais. A corda, toda flexível, tem grande dificuldade de aceleração e controle, pois tem muitas variações em seus movimentos, dificultando também a repetição de um ponto de contato.
O bastão, por sua vez, não tem flexibilidade e precisa do princípio da aceleração e desaceleração totalmente dependente de espaço para atingir e perder velocidade. E, por fim, um chicote, que com a união de uma parte rígida com outra flexível, atinge alta velocidade com precisão e necessita de espaços menores, consequentemente tempo menor. Entendeu em que ponto queremos chegar? Ou seja, nada de braço atirado sobre a bola (sem controle, como uma corda) e tampouco braço duro com músculos rígidos (como um bastão). use o princípio do chicote em sua direita.
O braço é a parte rígida (que conduz) e o antebraço a flexível, para gerar potência e precisão. É claro que a velocidade do jogo muitas vezes obriga a realizar golpes totalmente sem técnica e de menor eficiência e precisão, por isso lembre-se: estamos falando do forehand em situações favoráveis, quando conseguimos chegar na bola com tranquilidade e parar para batê-lo. Vamos aos pontos relevantes na busca por um forehand potente e regular.
Confira o passo a passo:
1- Mantenha os olhos na bola
2 - Golpei com apoio semi-aberto (entre os joelhos)
3 - O cabo da raquete vai apontar para a bola
4 - O peito gira, mas o braço se mantém à frente
5 - O braço fica como haste fixa. O punho chega como se estivesse atrasado
6 - Não deixe o cotovelo subir acima do punho
CONTROLE DE OLHOS
O aspecto controle dos olhos é mais importante do que se pensa. Na maioria dos casos, o tenista volta os olhos para a quadra ou para o alvo antes do golpe, por hábito ou ansiedade, e isso se torna uma constante desfavorável. Sendo assim, mantenha os olhos na bola e no local do ponto de contato. Olhe para onde a bola foi e não para onde ela irá (foto 1).
APOIO E PREPARAÇÃO
O melhor apoio na relação potência/controle é o semi-open stance ou apoio semi-aberto. Golpeie em semi-open entre os dois joelhos (foto 2). Não exagere na preparação. A raquete deve chegar até apontar o fundo da quadra e não ficar visível pelo outro lado do corpo. Com o princípio do chicote, o cabo da raquete vai apontar a bola, o punho fecha o ângulo com o braço (foto 3). O contato é feito à frente do corpo. Não traga o peito antes do braço, assim você atingirá potência e mais precisão. O peito gira, mas o braço se mantém à frente (foto 4).
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Controle de forma uniforme o braço, antebraço e punho. O antebraço realiza a maior parte do trabalho. O braço fica como a haste fixa do chicote. O punho chega como se estivesse atrasado no movimento. Neste ponto, ele estará mais firme para o impacto com a bola do que se estivesse esticado com todo o braço (foto 5).
Não deixe o cotovelo subir acima do punho, esse movimento antecipará o golpe provocando erros principalmente na rede (foto 6). No ponto de contato, seu braço, como um todo - ou seja, braço e antebraço -, deve chegar em extensão. "Feche" o antebraço depois do contato. Para seu melhor golpe, alongue o movimento com o braço para a terminação. Fechar o golpe com rotação interna do braço aumenta o giro da bola (spin/efeito), mas, lembre-se, quanto mais giro, menor potência.