Pronta para Austrália, Ivanovic credita boa forma ao "exigente técnico"

O caminho para o topo do tênis durou aproximadamente quatro anos e passou por detalhadas fases. Em 2004, a quebra da barreira do top10; em 2005, o ingresso entre as 20 melhores; e em 2007, veio o seleto grupo das cinco primeiras. Para Ana Ivanovic, o caminho pode ser repetido novamente em sua carreira, principalmente quando o título de um torneio Grand Slam muda tanto sua vida, como aconteceu com a musa em 2008, quando conquistou Roland Garros e, logo em seguida, alcançou o posto de número um do mundo.

Musa sérvia treinou sem dores nesta sexta-feira em Melbourne

Porém, a jogadora de 23 anos tem consciência de que o mais difícil para um tenista não é chegar ao auge, mas se manter nesse nível, fato que a sérvia não conseguiu suportar. Ainda no ano em que chegou à glória do tênis, experimentou uma das sensações mais amargas de um atleta, ao perder as Olimpíadas de Pequim, por conta de uma lesão. Depois disso, mais problemas de contusão, perda de confiança, intensidade, estes foram alguns fatores que culminaram na saída da bela morena do grupo das 60 melhores do mundo no começo de 2010. Mas, como o esporte é uma caixinha de surpresas e reviravoltas, a sorte voltou a sorrir para Ivanovic no final do ano passado. Com uma excelente temporada nas quadras rápidas do segundo semestre, ela retornou ao top20 do ranking e promete muito empenho para conseguir voltar ao lugar de onde saiu há três anos.

Agora, parecendo mais em forma e feliz em quadra, a jogadora natural de Belgrado procura realizar um grande desempenho na competição que considera uma das mais favoritas no circuito. "Eu simplesmente adoro o Australian Open, eu me sinto muito à vontade jogando aqui. Estou apenas tentando aproveitar o torneio. Falei com alguns ex-jogadores e muitos se arrependeram por não terem curtido e estavam muitos estressados por isso, então é bom saber que passei por maus momentos e percebi a diferença e o quão importante é em desfrutar o processo", declarou a atual número 21 do ranking.

Mais feliz em quadra, Ivanovic procura voltar ao grupo das melhores nessa temporada

Trabalhando com Antonio Van Grichen há dois meses, Ivanovic também não esqueceu de creditar a nova fase em sua carreira ao treinador português, o qual é bastante exigente, segundo as palavras da musa. "Estou muito mais em forma comparado com os outros anos e é algo que me inspira e me motiva. Trabalhei muito o jogo de pernas, fiz vários exercícios passados pelo meu técnico e senti que ajudou muito na minha explosão. Ele (Antonio) é um cara muito legal e está no circuito há algum tempo, então ele conhece o jogo feminino. Ele me faz trabalhar muito", confessou a sérvia.

A respeito da chave que foi sorteada nesta sexta-feira, a ex-líder do ranking foi designada como a 19ª cabeça-de-chave no primeiro Major da temporada. Na estreia, ela enfrenta a russa Ekaterina Makarova, número 49 da WTA, e pode ter em seu caminho a russa Nadia Petrova, 13ª pré-classificada, e a belga Kim Clijsters, terceira favorita ao título. A dois dias do início do evento, Ivanovic afirmou que está se sentindo bem após sofrer uma lesão no abdômen, na semana passada, durante a Hopman Cup. "Tive uma boa sessão de teinos hoje e meu estômago está bem melhor. Enquanto estava saindo da quadra, descobir que enfrento Makarova na primeira rodada aqui, então são dois Grand Slams em seguida contra ela, desde o US Open no ano passado. Baseando-se que sou pré-classificada, é provavelmente uma das mais perigosas estreias, mas estou muito ansiosa para jogar", escreveu a morena, na página do Facebook.

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ESPECIAL:Australian Open - Apesar de ser um Grand Slam, o Australian Open, pela sua distância e fuso horário, sempre ficou um pouco em segundo plano. Mas, em 2010, a Revista TÊNIS esteve lá pela primeira vez e conta como é o tênis na terra dos cangurus, ou coalas, se preferir  (Confira!)