Por onde a bolinha quica

BRAVO, NICO!

No fim de agosto, o chileno Nicolas Massú anunciou sua aposentadoria do tênis aos 33 anos, decisão que não surpreendeu a ninguém, já que “Nico” vinha lutando contra seguidas lesões que o impediam de exibir o mesmo tênis que o levou ao grupo dos 10 melhores do mundo em 2004, mesmo ano em que conquistou duas medalhas de ouro nas Olimpíadas de Atenas. Grande amigo de “Nico”, o jornalista Patricio de La Barra conta como a trajetória de Massú elevou o tênis dentro do país e como sua ausência será sentida pelos compatriotas. “A primeira vez que vi Nico em quadra foi na academia que Pato Apey tinha em Miami. Ele treinava junto de Fernando Gonzalez e um grupo de jovens sul-americanos. Foi nesse dia que Don José, pai de Apey, avisou-me: ‘Aqui está o futuro do tênis chileno’. Massú já chamava a atenção pela vontade e disposição com que disputava cada ponto. Naquela época, o tênis chileno só tinha olhos para Marcelo Rios, sem dúvida o maior talento que nosso país produziu até hoje. Mas foi Massú quem estava destinado a grandes coisas. Talvez com menos recursos técnicos que Gonzalez e Rios, ele foi determinante para recolocar o Chile no mapa mundial do tênis e deixará um vazio enorme entre os apaixonados por esse belo esporte. Não só dentro das quadras quanto fora delas, onde sempre foi protagonista por sua humildade, simplicidade e o carinho que despertava entre seus adversários e o público como um todo”.

CAMPEÃ NA LONA

A francesa Marion Bartoli surpreendeu a todos ao anunciar sua aposentadoria do tênis um mês depois de alcançar seu troféu em Wimbledon. A decisão aconteceu no Premier de Cincinnati, pouco antes do US Open, quando a jogadora de 28 anos contou que não conseguia jogar seu melhor por problemas físicos. “Você nunca sabe antes do jogo se será seu último, mas senti que não conseguia mais. Depois de um set, meu corpo inteiro fica dolorido. Foi uma decisão difícil de tomar. Sou tenista há tanto tempo e tive chance de tornar meu maior sonho uma realidade, que era ganhar Wimbledon. Senti que realmente superei todos os limites para fazer isso acontecer. Agora já não consigo mais”, declarou Bartoli. Mesmo depois de aposentada, correram boatos de que ela jogaria a Hopman Cup, tradicional torneio misto no começo do ano, ao lado de Jo-Wilfried Tsonga. Porém ela logo negou tal compromisso e reiterou que o circuito já é passado em sua vida.

LÍDERES NA AREIA

Após o título do Mundial de Beach Tennis na Rússia, o Brasil colheu os frutos da ótima fase pela qual atravessa também nas areias. No começo de setembro, Samantha Barijan e Joana Cortez alcançaram o posto de número 1 do ranking da ITF, pondo fim à hegemonia das beach tenistas italianas. Para completar a festa, Flávia Muniz é outra representante brasileira no top 10. No masculino, temos dois jogadores entre os 10 melhores do mundo – Vinicius Font e Guilherme Prata são os únicos “estrangeiros” em meio a oito beach tenistas da Itália no seleto grupo.

APROVEITANDO A CHANCE!

Uma das vantagens de o Brasil ter vários torneios em seu território é que grande parte de nossas jovens promessas não precisa viajar para conseguir seus primeiros pontos. E nos dois torneios da série Future no País nas últimas semanas, o título ficou com dois dos nossos representantes, que vêm subindo de produção nessa reta final de ano. Fernando Romboli suportou o forte calor de Natal e levou o troféu em final contra José Pereira. Já na fria Campos do Jordão, Ricardo Hocevar deu mais um passo para retornar ao top 200 do ranking ao faturar o caneco. Na chave de duplas, André Miele e João Pedro Sorgi fizeram dobradinha no Nordeste e Sudeste, deixando claro o ótimo entrosamento ao longo do ano. No feminino, Carla Forte esteve próxima do título em simples na Turquia. E Gabriela Cé foi vice em um ITF de US$ 25 mil na Bélgica em duplas.