Por onde a bolinha quica

Tudo na mesma, por enquanto / Desta vez não rolou / Ajuda / Brasil em Roland Garros? / Escolinha do Fabiano / Primeira final


Tudo na mesma, por enquanto

 

O primeiro Grand Slam do ano, sempre carregado de expectativas, desta vez não trouxe muitas novidades. Novak Djokovic continuou soberano e levantou o quinto título no Australian Open, seu oitavo Major na carreira. Durante a campanha, teve apenas dois desafios reais, já que Rafael Nadal e Roger Federer decepcionaram.
O suíço perdeu ainda na terceira rodada de forma lamentável para o italiano Andreas Seppi. O espanhol chegou mais longe, nas quartas, quanto tomou até pneu de Tomas Berdych. Na segunda rodada, porém, Nadal já tinha sofrido muito com o jovem Tim Smyczek, vencendo apenas no quinto set e depois de o norte-americano ter tido uma bela atitude de fair-play no último game da partida (um torcedor gritou enquanto Rafa sacava e Tim pediu que o espanhol sacasse novamente).
Djokovic, portanto, deu o troco em Stan Wawrinka pela derrota no ano passado, e, na final, soube lidar com a mente pouco resistente de Andy Murray, que, até então, tinha jogado o melhor tênis do torneio todo.
Entre as mulheres também houve pouca novidade. Serena Williams e Maria Sharapova fizeram a final, com nova vitória da norte-americana. A russa não vence Serena desde 2004. Interessante é que as semifinais do torneio foram disputadas entre duas norte-americanas e duas russas. Madison Keys e a Ekaterina Makarova surpreenderam, jogaram incrivelmente bem, mas pararam nas favoritas.
Por fim, os brasileiros não deram sorte. Logo na estreia, Thomaz Bellucci enfrentou o incansável David Ferrer e João Souza encarou o experiente croata Ivan Dodig. Nas duplas, como sempre, tivemos os melhores resultados. Marcelo Melo esteve a dois pontos de chegar à final, mas parou na parceria francesa de Pierre-Hugues Herbert e Nicolas Mahut. Bruno Soares, por sua vez, também esteve próximo da final em duplas mistas, mas perdeu nos detalhes na semifinal.

Resultados finais

Simples

Novak Djokovic (SRB) v. Andy Murray (GBR) 7/6(5), 6/7(4),
6/3 e 6/0
Serena Williams (USA) v. Maria Sharapova (RUS) 6/3 e 7/6(5)

Duplas

Simone Bolelli (ITA) e Fabio Fognini (ITA) v. Pierre-Hugues Herbert (FRA) e Nicolas Mahut (FRA) 6/4 e 6/4
Bethanie Mattek-Sands (USA) e Lucie Safarova (CZE) v.
Yung-Jan Chan (TPE) e  Jie Zheng (CHN) 6/4 e 7/6(5)
Martina Hingis (SUI) e Leander Paes (IND) v. Kristina Mladenovic (FRA) e Daniel Nestor (CAN) 6/4 e 6/3

Juvenis

Roman Safiullin (RUS) v. Seong-chan Hong (KOR) 7/5 e 7/6(2)
Tereza Mihalikova (SVK) v. Katie Swan (GBR) 6/1 e 6/4

Desta vez não rolou

No ano passado a equipe brasileira da Fed Cup conseguiu vencer o Zonal Americano e se classificou para o Play-off do Grupo Mundial, algo que não ocorria desde 2008. Em 2015, porém, não tivemos a mesma sorte. Jogando em San Luis Potosi, no México, o time da capitã Carla Tiene novamente chegou à final do Zonal, mas, na decisão, acabou perdendo para o Paraguai. Durante a campanha, Teliana Pereira foi poupada por ter sentido uma lesão ocorrida nos treinos. Assim, coube a Beatriz Haddad Maia e Paula Gonçalves o trabalho de liderar a equipe, junto com Gabriela Cé.

Ajuda

O projeto social WimBelemDon, três vezes vencedor do Prêmio TÊNIS (incluindo a edição 2014), lançou-se em uma importante empreitada. Eles começaram uma campanha de financiamento de crowdfunding que visa comprar em definitivo o terreno em que a ONG está instalada em Porto Alegre. Depois de 15 anos na mesma sede, onde atende mais de 100 crianças carentes, o projeto corre o risco de ser desalojado e, por isso, decidiu se empenhar na campanha chamada Fixando Raízes WimBelemDon. Para saber mais e fazer a sua doação (cada valor gera uma recompensa ao doador), acesse: www.kickante.com.br/campanhas/fixando-raizes-wimbelemdon

Brasil em Roland Garros?

No final de janeiro, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e a Federação Francesa de Tênis (FFT) assinaram um acordo de cooperação e, entre as ações planejadas, estão dois eventos, sendo um deles uma seletiva para a chave juvenil de Roland Garros. O primeiro evento ocorre em abril, com chaves masculina e feminina de 16 tenistas de até 18 anos. Os vencedores vão disputar um round robin com os vencedores de seletivas na Índia e na China. Quem ganhar, entra direto no Grand Slam juvenil. Os perdedores ainda têm vaga no quali. O outro evento, em junho, será o “Roland Garros in the city”, ação promocional concomitante à realização do Major parisiense com diversas atividades ligadas ao tênis.

Escolinha do Fabiano

A história de Fabiano de Paula, tenista nascido na Rocinha, sempre cativou outros jovens carentes a tentarem a sorte no tênis. Agora, porém, é o próprio Fabiano quem estará oferecendo essa oportunidade aos garotos da favela onde nasceu. No começo de fevereiro, foi inaugurada a Escola de Tênis Fabiano de Paula no Parque Ecológico, ao lado da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, no Rio de Janeiro. A escolinha é voltada para jovens e crianças de quatro até 14 anos e atenderá cerca de 200 crianças em dois turnos. “Vou poder ajudar as crianças a terem um futuro melhor, a escolher o caminho longe da violência. Vou procurar estar perto das crianças para passar a experiência e ensinar um pouquinho do que aprendi no tênis”, disse o tenista.

Primeira final

Se a semana do Brasil Open foi especial para João Souza, que alcançou a semifinal em simples, a semana anterior, no ATP de Quito, já havia sido excelente. Atuando ao lado do dominicano Victor Estrella Burgos (que, aos 34 anos, venceu seu primeiro ATP na carreira), Feijão alcançou a final de duplas, sua primeira final desse nível. Na decisão, eles perderam para a dupla alemã de Gero Kretschmer e Alexander Satschko. No mesmo torneio, Thomaz Bellucci foi bem, chegou à semi, mas perdeu para Burgos.

Resultado - ATP de Quito

Gero Kretschmer (GER) e Alexander Satschko (GER) v. Victor Estrella Burgos (DOM) e João Souza (BRA) 7/5 e 7/6(3)
Da redação

Publicado em 6 de Março de 2015 às 00:00


Quadras Grand Slam Novak Djokovic Serena Williams Maria Sharapova Fed Cup WimBelemDon Prêmio TÊNIS

Artigo publicado nesta revista

Canhotos

Revista TÊNIS 137 · Março/2015 · Canhotos

Eles levam vantagem no tênis? Por que jogar contra é tão complicado? Confira táticas para enfrentá-los