Por onde a bolinha quica

Luísa Stefani

Sul-americano

Depois do Banana Bowl e Copa Gerdau, jovens de até 18 anos da América do Sul seguiram para a Bolívia para o torneio Sul-Americano. Na altitude de La Paz, o Brasil se deu bem novamente e conquistou o título entre as meninas com Luísa Stefani, que não perdeu um set sequer em sua campanha vitoriosa. Na final, derrotou a colombiana Yuliana Monroy, por 6/2 e 6/4. Com o resultado, ela chegou a aparecer entre as 10 primeiras do ranking juvenil. Outra jovem que teve um bom resultado foi Thaísa Pedretti, que alcançou a final de duplas com a paraguaia Gabriela Ferreira Sanabria, mas perdeu por 4/6, 6/0 e 10-1 para as colombianas Emiliana Arango e Maria Fernanda Herazo Gonzalez. Entre os meninos, Igor Marcondes, finalista do Banana Bowl, alcançou as quartas de final, além da decisão nas duplas, em que perdeu para a parceria do brasileiro Gabriel Sidney e do argentino Manuel Peña Lopez por 7/6(4), 4/6 e 10-6. Ele fez parceria com o argentino Franco Capalbo.

Duplas brasileiras

Uma coincidência incrível fez com que Bruno Soares e Marcelo Melo voltassem a disputar um torneio ATP juntos desde 2011, quando a parceria foi desfeita. Com Ivan Dodig, parceiro de Melo, machucado e Alexander Peya, companheiro de Soares, aguardando a chegada do primeiro filho, os mineiros logo viram-se sem parceiros para a disputa do Masters 1000 de Miami. Rapidamente, porém, resolveram se unir e a dupla mostrou que continua entrosada. Juntos, chegaram à semifinal da competição, perdendo para Jack Sock e Vasek Pospisil, por 6/4, 3/6 e 10-7. No mesmo torneio, o Brasil ainda contou com mais uma dupla. Thomaz Bellucci e João Souza receberam um convite, mas perderam na segunda rodada.

Imbatível

Os dois primeiros Masters 1000 de 2015, Indian Wells e Miami começaram exatamente como no ano passado, com domínio completo de Novak Djokovic. Na Califórnia, houve até mesmo a repetição da final do ano anterior, entre Djoko e Roger Federer, que novamente não foi capaz de segurar o número 1 do mundo. Na Flórida, Nole encarou Andy Murray na final e aumentou sua liderança frente ao britânico em confrontos (18 vitórias e apenas oito derrotas). Entre as mulheres, Serena Williams voltou a disputar Indian Wells depois de 14 anos (ela foi vaiada e acusou a plateia de racismo durante a final de 2001). Na condição de principal favorita, chegou à semifinal, porém, uma lesão no joelho direito fez com que ela sequer entrasse em quadra contra Simona Halep, que acabou conquistando o título. Em Miami, porém, a norte-americana se recuperou e abocanhou seu oitavo título no torneio diante da surpreendente espanhola Carla Suarez Navarro, que ingressou no top 10 pela primeira vez na carreira.

Fora!

O norte-americano Wayne Odesnik, de 29 anos, já esteve entre os 100 primeiros do mundo em 2009, mas não se pode dizer que teve uma carreira de grande sucesso. Agora, porém, seus dias de tênis competitivo terminaram depois de ser punido pela segunda vez por uso de doping. Em 2010, ele já havia sido pego por usar hormônio de crescimento ilegalmente. Desta vez, um teste deu positivo para outras substâncias proibidas e, assim, a ITF o puniu com 15 anos de suspensão. Se um dia quiser voltar a disputar torneios, ele só poderá fazer em 2030, com 45 anos.

Doping brasileiro?

A notícia passou meio que batida pelos noticiários de tênis, mas em abril, a jovem Marcela Alves Pereira Valle, de 20 anos, foi suspensa pela ITF por dois anos das competições profissionais. Atual 1107a colocada no ranking da WTA, a brasileira foi pega por uso de methylhexaneamina. Ela admitiu a ingestão do composto através de um suplemento e sua pena termina somente no fim de 2016.

Títulos seguidos

Se Orlando Luz conseguiu um feito incrível ao conquistar o bicampeonato seguido do Banana Bowl e do Campeonato Internacional Juvenil de Tênis de Porto Alegre (conhecido como Copa Gerdau), a norte-americana Usue Maitabe Arconada, de apenas 16 anos, segue uma trilha parecida e, neste ano, venceu os dois principais torneios juvenil brasileiros em sequência. No entanto, o torneio em Porto Alegre foi muito produtivo para os tenistas brasileiros, além de Luz, obviamente. Nas três categorias mais velhas (14, 16 e 18 anos), nossos jovens chegaram a oito finais e levantaram sete títulos. Nos 14 anos, João Lopes Ferreira venceu em simples e duplas. Nos 16, Gabriel Bugiga ganhou em simples e Igor Gimenez e João Lucas Reis, nas duplas. Nos 18 anos, Luísa Stefani ficou com o título de duplas.

Mundial Juvenil

Pela primeira vez em sua história, a ITF organizou o ITF Junior Masters, que reuniu os oito melhores juvenis do ranking final de 2014 para uma disputa acirrada em Chengdu, na China. A competição não valia pontos para o ranking juvenil, tanto que alguns jovens já superaram o limite de idade (18 anos) e não estão mais jogando o circuito júnior em 2015. No entanto, os 16 melhores estiveram em território chinês disputando mais de 50 convites em torneios profissionais e US$ 160 mil em premiação em forma de passagens aéreas. Os prêmios eram divididos de acordo com a classificação final dos tenistas. Representando o Brasil participaram Orlando Luz e Marcelo Zormann. Luz venceu seu primeiro confronto contra o coreano Chung Yunseong, mas depois perdeu dois jogos seguidos e acabou em quarto lugar. Zormann foi derrotado em suas duas primeiras partidas, mas venceu a última e acabou em sétimo. O campeão entre os homens foi o russo Andrey Rublev, e, entre as mulheres, a vencedora foi a chinesa Xu Shilin, ambos são líderes do ranking juvenil atualmente.