Por onde a bolinha quica

HALL DA FAMA

A campeã de 15 Grand Slams e ex-número 1 do mundo, Martina Hingis ingressou no time das lendas do Hall Internacional da Fama do tênis. A suíça foi a mais jovem da história a assumir a liderança da WTA (com 16 anos e seis meses) e seu título em Wimbledon nas duplas em 1996 a coroou também como a mais jovem campeã de um Grand Slam na Era Aberta (aos 15 anos e nove meses). A compatriota de Roger Federer encerrou a carreira com um total de 43 títulos e passou 209 semanas como líder do ranking. "Ser incluída no Hall da Fama Internacional do Tênis é uma honra. É um verdadeiro privilégio fazer parte de um grupo exclusivo de ícones do esporte", disse Hingis, que foi uma das cinco jogadoras na história a ser líder em simples e duplas simultaneamente. Além dela, outros três nomes foram confirmados no seleto grupo: o sul-africano Cliff Drysdale, o portorriquenho Charlie Pasarell e o romeno Ion Tiriac.

APOSENTADORIA

O paulista Júlio Silva afirmou, no começo de março, que não continuará na carreira profissional. O experiente jogador de 33 anos se disse cansado da rotina desgastante dos torneios fora do país, além de viajar sem um técnico e preparador físico nos últimos meses, e vai priorizar a sua vida ao lado da esposa e do filho. Profissional desde 1999, Julinho, ex-pegador de bolas, venceu 20 torneios, sendo quatro Challengers e 16 Futures. Em 2004, ele teve a responsabilidade de defender o Brasil na Copa Davis durante a conturbada fase do boicote da maioria dos jogadores à CBT e ao ex-presidente Nelson Nastás. Em 2009, ele chegou a ser o 144º do ranking, sua melhor classificação. Nos Grand Slams, o paulista de Jundiaí furou o qualifying em duas ocasiões: Roland Garros 2006 e US Open 2010, perdendo na primeira rodada em ambas as ocasiões.

UM É BOM, DOIS É MELHOR AINDA

O Brasil mostrou sua força em várias partes do mundo ao abocanhar dois títulos e um vice-campeonato nas duplas em Challengers e Futures, todos na mesma semana de março. Perto de casa, o gaúcho Marcelo Demoliner e o paulista João Souza, o Feijão, se sagraram campeões do Challenger de Santiago ao baterem na final os argentinos Federico Delbonis e Diego Junqueira. Do outro lado do globo, Caio Silva conquistou o título do Future de Madurai, na Índia, ao lado do local Ranjeet Virali-Murugesean com triunfo no match-tiebreak. E, finalmente, o alagoano Tiago Fernandes, campeão do Australian Open juvenil de 2010, perdeu com o compatriota Eduardo Dischinger a decisão do Future de Antalya, na Turquia.

NO BRASIL

O calendário de Challengers para o segundo trimestre de 2013 divulgado pela ATP revelou que o Brasil contará com quatro eventos desta série a partir de abril. Cidades como Blumenau, Santos, São Paulo e Rio Quente sediarão etapas do circuito intermediário da entidade. A partir de 8 de abril, terá início o Challenger em Blumenau, seguido dos torneios de Santos e São Paulo, este último no clube Paineiras do Morumby. Uma semana após o evento na capital paulista, a pousada do Rio Quente recebe nova competição. Os três primeiros torneios serão jogados em quadras de saibro e o último, em Goiás, numa quadra rápida pelo segundo ano consecutivo.

AGORA É PARA VALER

De tanto os tenistas, especialmente Roger Federer e Andy Murray, questionarem e solicitarem maior controle antidoping, a ITF afirmou que utilizará o passaporte biológico. "A implementação do passaporte biológico para atletas é um importante passo na evolução do programa antidoping no tênis, que nos fornece uma ferramenta eficiente na luta contra o doping em nosso esporte", declarou o presidente da ITF, Francesco Ricci Bitti. Esse método já é utilizado em outras modalidades como o ciclismo. Nele são registradas as variações biológicas de um determinado atleta, além de os testes ficarem guardados caso futuramente se descubram novas formas de doping que não são detectadas agora. A ITF já disse que o projeto visará um aumento no número de testes sanguíneos a cada ano, assim como um acréscimo nos controles extra-quadra, que são considerados os mais eficazes contra qualquer tipo de trapaça. A rigidez ao combate às substâncias irregulares se deu devido ao escândalo envolvendo Lance Armstrong.

Luíza Braghini

JOVENS TALENTOS

A garotada brasileira terminou de forma magistral sua trajetória nas três últimas etapas da gira Cosat antes do Banana Bowl. Na Argentina, no Chile e Paraguai, o País saiu com um saldo de seis títulos e três vicecampeonatos, com destaque para as meninas. A brasiliense Lara Soares ficou com os canecos em simples e duplas (ao lado da compatriota Sophia Chow) nos 16 anos na Argentina, enquanto a paulista Thaísa Pedretti foi campeã nos 14 em duplas e vice em simples no Chile, além do segundo lugar na etapa do Paraguai. Ainda em Mendoza, Pei Ju Chien fez uma belíssima campanha nos 14 anos, furando o qualifying e derrotando na decisão a ampla favorita, a venezuelana Lorena Marruffo. Em Santiago, Luíza Braghini venceu a chave dos 14 anos com a argentina María Lourdes Carlé e a parceria verde-amarela Erika Drozd Pereira e Maria Clara Lima da Silva parou na final dos 16 anos em Assunção. Já os rapazes tiveram atuação discreta, mas também digna de parabéns. José Evaldo Neto e Gabriel Sidney foram campeões nos 16 anos em Mendoza ao levarem a melhor na final equilibrada contra o par formado pelo boliviano Rodrigo Banzer e o peruano Alex Gustavo Paredes. E não foi somente na América do Sul que o Brasil teve destaque entre os mais jovens. A paulista Mariana Humberg conquistou o título de duplas da Copa Universidad Galileo, na Cidade da Guatemala, torneio com pontuação G4 na categoria 18 anos. Humberg e a norte-americana Alexandra Miller-Krasilnikov bateram a equatoriana Rafaela Gomez e a boliviana Daniela Ruiz por 2 sets a 0, com parciais de 7/6(4) e 6/3.