O que rola fora das quadras

AINDA NOS GRAMADOS

Parece que o título inédito de Wimbledon não foi o bastante para Marion Bartoli. A francesa não quis saber de descansar e trocou o tênis pelo futebol ao participar do treino do Olympique de Marseille, time de futebol francês e clube do coração da “baixinha”. A morena suou a camisa, arriscou jogadas ensaiadas com os atletas e aproveitou para ensinar os dotes da raquete para o compatriota Valbuena e para o congolês Mandanda, destaques da equipe. No fim, a número 7 do mundo ganhou uma camisa com seu nome nas costas e tirou uma foto com o elenco. “Marseille é meu clube do coração desde pequena”, concluiu a francesa.

BATALHA DOS SEXOS

Durante o torneio de Wimbledon, o britânico Andy Murray fez uma proposta inusitada para a americana Serena Williams – uma batalha dos sexos, em alusão à partida entre Billie Jean King e Bobby Riggs há 40 anos. A ideia partiu de uma sugestão de um fã de Murray, duvidando que o escocês teria condições de bater Serena. O britânico gostou do desafio e passou a bola para a número 1 da WTA, que admitiu interesse. “Seria muito legal, embora ele sendo um dos top 3 que nunca queria enfrentar. Acho que ganharia uns pontos dele, mas teria que ser no saibro”, brincou Serena. Quando tinha 16 anos, a caçula das Williams chegou a pôr em prática a ideia de Murray e jogou um set contra o alemão Karsten Braasch, veterano e fora do top 200 do ranking. Ainda assim, Serena não conseguiu marcar mais que um game.

NAS ALTURAS

Em comemoração ao retorno de um torneio de ponta à Colômbia depois de 11 anos, a organização do ATP de Bogotá levou o sérvio Janko Tipsarevic, principal nome da chave, e os locais Santiago Giraldo e Alejandro Falla para jogar minitênis no ponto mais alto da capital colombiana. Do alto da Torre Colpatria, os três bateram bola a 2.600 metros acima do nível do mar. Carismático, Tipsarevic se divertiu. “Subimos ao 46º andar do prédio mais alto de Bogotá e, com um dia bonito, a vista foi maravilhosa. Bogotá é um lugar lindo, só tive um dia para conhecer a cidade e adorei”, disse o sérvio.

PEGOU MAL

A polonesa Agnieszka Radwanska perdeu a vergonha e aceitou o convite da revista ESPN ao posar nua para a famosa edição “Body Issue” da publicação. O problema é que a repercussão no seu país foi negativa e a tenista acabou sendo expulsa do “Krucjata Mlodych” (Cruzada Jovem), grupo católico que apoiava. Ela já havia participado de um comercial da entidade na TV em que escrevia o nome de Jesus com bolas de tênis e incentivava os jovens a não terem receio de suas crenças. Logo que o ensaio foi divulgado, a número 4 do ranking foi alvo de críticas. “É uma vergonha que alguém que tenha declarado seu amor por Jesus esteja agora promovendo uma mentalidade masculina, do homem olhando para uma mulher como uma coisa mais do que uma filha de Deus que merece respeito e carinho”, declarou o padre Marek Dziewiecki. Além de Radwanska, o americano John Isner foi outro que tirou a roupa nessa edição da revista.

MUDANÇAS JÁ

Antes mesmo de começar Wimbledon, onde foi constatado o maior número de desistências em um só dia em Grand Slams na Era Aberta (sete jogadores abandonaram por causa de lesão), Martina Navratilova havia alertado de como o tênis se tornou dependente do aspecto físico. Em entrevista ao site do prêmio Laureus, a norte-americana disse: “Os jogos estão se tornando mais desgastantes. Daqui a pouco teremos que tirar jogadores da quadra em macas”. Para a dona de nove títulos de simples em Londres, o uso excessivo da força e a maior lentidão das quadras – o que possibilita pontos mais longos – pune o corpo dos atletas. “Você joga uma partida longa e leva meses para se recuperar, porque é como correr uma maratona em grande velocidade, mas algumas vezes é preciso jogar uma partida no dia seguinte ou dois dias depois”, emendou a ex-número 1 do mundo, que propôs uma solução para amenizar os efeitos nocivos ao jogador – que os duelos no masculino em Grand Slams sejam realizados numa melhor de três sets.

DE TÉCNICO NOVO

Após mais de dois anos juntos, Maria Sharapova decidiu encerrar a parceria com o técnico Thomas Hogstedt, que ajudou a loira a se recuperar após séria lesão no ombro. Assim que anunciou a novidade, a russa já dizia ter em mente o nome do escolhido. A partir dos torneios na quadra rápida, a número 2 do mundo trabalhará ao lado de Jimmy Connors. “Conheço Jimmy há muitos anos e trabalhamos bem rapidamente em 2008 pouco antes do Australian Open. Estou muito empolgada pela nossa parceria e tenho bastantes expectativas para os próximos eventos”, disse a musa.

QUEM SOU EU?

O croata Ivo Karlovic retornou ao circuito em meados de julho, em Newport, após três meses se recuperando de uma meningite viral. Em entrevista ao site da ATP, o gigante de 2,08 m contou o susto que passou com as idas e vindas ao hospital em Miami. Inicialmente, nem os médicos tinham grandes esperanças de retorno do ex-top 20, que, nos momentos de “apagão”, mal lembrava o nome. “Os médicos não sabiam se eu conseguiria me recuperar. Fiquei inconsciente por muito tempo. Nem lembrava o meu nome ou ano em que estávamos. Não sentia meu braço direito e um lado do meu rosto”, revelou Karlovic. Recuperado, o croata vibrou com a volta por cima e foi bem no torneio sediado no Hall Internacional da Fama do Tênis, alcançando as quartas. “A atmosfera de uma quadra de tênis é como um bônus. Dou mais valor a esses momentos agora”, completou.

CLÍNICA COM BELLUCCI

Antes da estreia no ATP de Stuttgart, onde ficou com o título de duplas, o brasileiro Thomaz Bellucci foi protagonista do “Kid’s Day” (Dia das Crianças) do torneio. Durante uma hora, o paulista interagiu com cerca de 100 crianças, bateu bola, tirou fotos e distribuiu autógrafos para a molecada. O canhoto aprovou a iniciativa da organização do torneio alemão em prol de uma maior popularização do esporte. “É muito bacana participar de eventos com a garotada. Fiquei impressionado com a quantidade de crianças. É uma energia boa que, com certeza, reverte em coisas positivas na quadra”, contou Bellucci.