Nadal lembra de dificuldades e vibra com número 1: "Senti que merecia"

Londres (Reino Unido) – Não era apenas uma comemoração. Ao vencer o suíço Stanislas Wawrinka na última quarta-feira e assegurar vaga para a semifinal do ATP Finals, o espanhol Rafael Nadal, de quebra, também alcançou outra façanha – terminará, pela terceira vez na carreira, uma temporada como número 1 do mundo (antes, conseguiu em 2008 e 2010).

Nadal coroou ano perfeito com manutenção do posto de número até o final de 2013

Em junho de 2012, Nadal se retirou do circuito por um período indeterminado a fim de se recuperar de uma lesão no joelho esquerdo. Com isso, acabou perdendo vários torneios importantes como as Olimpíadas de Londres, o US Open, o próprio ATP Finals e o Australian Open. “Há um ano, nem conseguia treinar”, recordou o espanhol de 27 anos.

No entanto, mesmo com dúvidas, Nadal retornou às quadras em fevereiro. No ATP 250 de Viña del Mar, foi derrotado na final para o argentino Horacio Zeballos. Mau sinal? Nem pensar. Na semana seguinte, veio o primeiro, dos 10 títulos na temporada, no Brasil Open. Depois disso, Rafa abocanhou Acapulco, Indian Wells, Barcelona, Madri, Roma, Roland Garros, Montreal, Cincinnati e US Open. No total, foram 73 vitórias em 79 jogos disputados.

Diante de todos os resultados que mostrou em 2013, Nadal admitiu que o posto de número 1 assegurado é uma recompensa por todo o seu trabalho. “O número 1 nunca foi um objetivo durante o ano, mas depois de todos os resultados obtidos, senti que o merecia. É um dos maiores feitos que alcancei na minha carreira. Sempre amei o esporte e a competição”, declarou o octacampeão de Roland Garros.

Em Londres, Nadal tenta quebrar o tabu de nunca ter levantado o troféu do torneio. Ele lidera o Grupo A e ainda disputa o último jogo da chave – contra o tcheco Tomas Berdych – buscando o primeiro lugar. Dessa forma, ele cruzaria com o segundo colocado da Chave B, que tem Novak Djokovic, Juan Martin Del Potro, Roger Federer e Richard Gasquet na disputa.