Em Roland Garros, Bruno Soares busca quarta final de Grand Slam na carreira

Paris (França) - A queda precoce logo nas oitavas de final com o parceiro Alexander Peya não tirou o foco de Bruno Soares, que encontrou foco nas duplas mistas em Roland Garros. Jogando pela primeira vez com a cazaque Yaroslava Shvedova, o mineiro alcançou, nessa terça-feira, a semifinal da chave ao derrotar a parceria formada pela francesa Kristina Mladenovic e o veterano canadense Daniel Nestor por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 1/6 e 10/3.

Bruno e Shvedova vão tendo bom entrosamento em Paris

O triunfo é especial a Soares porque os rivais foram os mesmos algozes na final de Wimbledon no ano passado, quando o número 3 do mundo em duplas jogava em parceria com a norte-americana Lisa Raymond. O mineiro chegou a ter match point, mas viu Mladenovic e Nestor virarem a partida e levantarem o caneco.

Soares e Shvedova enfrentarão amanhã, não antes das 9h30 (horário de Brasília), a parceria composta pela alemã Anna-Lena Groenefeld e o holandês Jean-Julien Rojer na quadra 1 do complexo em Paris. A outra semifinal das mistas em Roland Garros terá pela frente o sérvio Nenad Zimonjic e a alemã Julia Goerges contra o norte-americano Eric Butorac e a húngara Timea Babos.

O mineiro tem no seu histórico três finais de Grand Slam, tendo vencido o US Open de 2012 exatamente nas duplas mistas com a russa Ekaterina Makarova, e acabado com o vice em Wimbledon junto com Raymond, e também no US Open do ano passado nas duplas tradicionais, fazendo parceria com Peya.

Se vencer a partida desta quarta-feira, Soares se tornará o primeiro brasileiro a disputar quatro finais em três diferentes Grand Slams desde a lendária Maria Esther Bueno. Vale lembrar que muitos dos nossos representantes chegaram a decisões nas duplas mistas em Paris (são: Cláudia Monteiro, Cássio Motta, Jaime Oncins e Marcelo Melo), mas somente Maria Esther e Thomaz Koch foram campeões, em 1960 e 1975 respectivamente.

Veja o que Bruno comentou após a partida em entrevista ao Bandsports:

Desempenho de Shvedova

"A minha parceira está jogando sozinha, não estou precisando fazer nada. Fico no meu canto, quietinho, só preciso fazer a minha parte, porque ela está fazendo a parte dela bem melhor do que eu (risos)."

Variação de jogadas nas duplas mistas é importante?

"Tem que variar bastante na dupla mista. Os games são bem mais abertos que nas duplas masculinas. O saque das mulheres é mais vulnerável, então acontecem mais quebras. Realmente devemos ficar de olho nos adversários. Mas creio que jogamos bem, administramos bem essa parte. Nós jogamos muito bem o primeiro set, mas arrancamos mal o segundo. Eles também aproveitaram a chance que tiveram, e conseguimos ficar muito tranquilos para vencer o super tiebreak com certa facilidade."

Próximos adversários - Anna-Lena Groenefeld e Jean-Julien Rojer

"Eles vêm jogando muito bem. Acompanhei um pouco o jogo deles, a Groenefeld é uma alemã que pega muito forte na bola. E torna-se complicado para eu conseguir atrapalhá-la ali na rede. E o Rojer é um grande amigo, conhecido das duplas, grande jogador, mas semifinal não dá para esperar facilidade. É tudo pedreira a partir de agora. Mas vamos lá, estamos jogando muito bem."