E se não der certo?

Em pior momento, Federer já admite pensar em aposentadoria

Suíço amargou nova derrota precoce, dessa vez em Gstaad, e avisou que apenas estar no circuito não é o suficiente para ele: "se as vitórias não chegarem, é o momento de fazer outra coisa"


O suíço Roger Federer vem tendo uma temporada bem diferente do que se acostumou a obter em todos anos de sua brilhante carreira. Até 2012, eram inúmeros títulos, vitórias impressionantes, marcas quebradas e longevidade mais do que confirmada no circuito. No entanto, 2013 está sendo complicado - as vitórias não estão mais vindo com facilidade, o seu ranking caiu bastante, as derrotas cresceram como nunca e, de quebra, as lesões aparecem com o passar dos anos.

Federer não vem tendo motivos para sorrir em 2013 - lesões, derrotas e quedas no ranking, esses são alguns dos problemas do suíço

Na última quinta-feira, Federer caiu logo na estreia do modesto ATP 250 de Gstaad, torneio onde não jogava há nove anos e um local que o suíço guardava um carinho especial por ter concedido o convite para o jogador, ainda com 17 anos em 1998, à chave principal.

A derrota precoce para o alemão Daniel Brands em sets diretos, em pouco mais de 1h de jogo, significou a 10ª derrota do tenista de 31 anos na temporada em 40 jogos na temporada e o agravamento de uma lesão nas costas que o vem incomodando desde o Masters 1000 de Indian Wells.

Em Wimbledon, Federer amargou a pior eliminação em um Grand Slam em quase uma década ao ser eliminado logo na 2ª rodada pelo ucraniano Sergiy Stakhovsky, tenista fora do top 100. Para piorar, no ATP 500 de Hamburgo da semana passada, mais uma eliminação para um tenista forasteiro do grupo dos 100, o argentino Federico Delbonis.

Agora, a derrota para Brands - a primeira de Federer no primeiro jogo de um torneio desde 2007 -, o suíço já admite uma insatisfação com a fase pela qual atravessa. Aposentadoria? Por mais que não seja uma possibilidade real, tal plano começa a rodear a cabeça do campeão de 17 Grand Slams, em entrevista ao diário Marca.

"Se as vitórias não chegarem, será o momento de fazer outra coisa. Estar no circuito não é o suficiente pra mim. Vou aos torneios do Grand Slam sem ser o favorito, algo que antes não acontecia", declarou Federer.

O mau desempenho nos últimos torneios fez com que o ex-número 1 do mundo tentasse outras alternativas para recuperar sua confiança - jogar Hamburgo e Gstaad, não estava nos planos de Federer no começo da temporada, porém ele recorreu a essas competições com o intuito de provar até uma raquete nova - com uma cabeça maior (indo de 90 para 98 polegadas). Mas, a princípio, a novidade não trouxe sucesso.

Por Matheus Martins Fontes, da redação

Publicado em 26 de Julho de 2013 às 12:10


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