Social

Rebatidas para a vida

Projeto "Bate e Rebate" quer ensinar crianças carentes a terem no tênis a esperança de uma vida melhor


fotos: divulgação

A CIDADE DE JAÚ, no interior de São Paulo, nunca teve uma forte tradição no tênis como, por exemplo, sua "vizinha" Bauru, de onde surgiram diversos tenistas profissionais brasileiros. Contudo, a prática do esporte sempre teve grande procura por lá. E agora, além de tênis, alguns moradores mostraram que entendem também da prática da cidadania.

Sendo assim, no começo de 2009 foi lançado um projeto social batizado de "Bate e Rebate", que visa ensinar o tênis a crianças carentes da cidade, que dificilmente teriam uma oportunidade como esta.

O programa nasceu da parceria de José Vicente Azevedo Júnior, o Peninha - professor de tênis com longa história na região - com uma tradicional empresa de refrigerantes (XV) da cidade, que apóia o projeto doando raquetes de tênis, além de disponibilizar uniformes para o treino.

O "Bate e Rebate" foi primeiramente idealizado para atender os jovens da instituição "Nosso Lar Abrigo Infantil", em Jaú, que abriga e cuida de crianças abandonadas ou que foram afastadas de seus pais pela falta de condições mínimas de cuidado. Mas há a esperança de expandi-lo para outras instituições de caridade da região já no início de 2010.

As crianças a partir de quatro anos já podem começar a aprender o esporte, e caso mostrem ter "vontade, competência e determinação" durante os treinos, poderão ser recrutadas para a equipe de competição da academia Peninha Tennis School (onde são realizadas as aulas do projeto), sempre com tudo pago pelos patrocinadores.

Hoje o projeto conta com 10 crianças, já que nem todas da instituição "Nosso Lar Abrigo Infantil" conseguem comparecer aos treinos, que ocorrem todos os sábados e têm uma hora de duração. Porém, a intenção dos organizadores é que, com o tempo e novos apoios, o "Bate e Rebate" tenha 100 crianças aprendendo tênis.

A Peninha Tennis School conta com o apoio de quatro professores de tênis, que eventualmente substituem o professor Dudu Moya, responsável por ensinar o esporte aos meninos e meninas. Peninha não quer apenas que os jovens joguem tênis durante os treinos, mas espera que eles pratiquem o esporte pela vida toda. Por isso, conta ele, "cada criança que entra no projeto ganha sua própria raquete para que possa estar em contato com o tênis pelo resto da vida".

Felipe De Queiroz

Publicado em 21 de Outubro de 2009 às 09:24


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