No topo do ranking de duplas desde o começo do mês, tenista brasileiro busca seu sétimo título da temporada, ao lado do croata Ivan Dodig, no torneio de Londres.
Aos que estavam saudosos dos tempos de glória do tênis brasileiro, o ano de 2015 certamente está sendo especial. Após mais de dez anos, o Brasil tem um tenista como líder de um ranking ATP. Em 2001, era Gustavo Kuerten, o Guga, que ocupava a liderança no de simples. E, desde o último dia 2 de novembro, Marcelo Melo é o dono da posição número um de duplas.
Após vencer, em outubro, o ATP 500 de Viena, ao lado do polonês Lukasz Kubot, o tenista brasileiro desbancou os irmãos americanos Bob e Mike Bryan e assumiu a liderança do ranking. Essa conquista, na verdade, foi só uma consequência da ótima temporada que vem fazendo este ano. Venceu seis torneios, sendo quatro deles consecutivos.
O mais recente foi o Masters 1000 de Paris, no último dia 8. Jogando ao lado de seu usual parceiro, Ivan Dodig, Marcelo Melo conquistou também o ATP 500 de Acapulco (do qual é bicampeão) e o, até então inédito, título de Roland Garros. Em parceria com sul-africano, Raven Klaasen, conquistou, ainda, o ATP 500 de Tóquio e o Masters 1000 de Xangai.
A constante troca de duplas do “Girafa” (Melo tem 2,03m de altura) ocorreu por causa de seu companheiro croata que optou por jogar Challengers para melhorar sua classificação no ranking de simples. Isso também explica o porquê do tenista brasileiro, embora número um do ranking com mais 2.000 pontos à frente dos irmãos Bryan, ocupar a terceira posição na Doubles Race do ATP Finals de Londres.
Os norte-americanos, inclusive, devem ser seus principais adversários no torneio que acontece entre os dias 15 e 22 de novembro, na Inglaterra. A dupla que, nos últimos dez anos, só ficou de fora do torneio em 2006, foi campeã nos anos de 2009 e 2014. Bob e Mike chegaram, ainda, às finais em 2008 e 2013; e às semifinais em 2005, 2010 e 2011. Já o retrospecto de Marcelo Melo e Ivan Dodgi baseia-se na final perdida, no ano passado, e na semifinal em 2013.
Dentre as seis outras duplas que disputarão o torneio, todas são estreantes. A exceção é a dupla formada pelo holandês Jean-Julie Rojer e pelo romeno Horia Tecau que já participou no ano passado. Como os vencedores receberão até 1.500 pontos, Marcelo Melo terminará o ano como melhor do mundo, independentemente dos resultados. Porém, ganhar o ATP Finals de Londres o faria fechar 2015 com chave de ouro.
Publicado em 11 de Novembro de 2015 às 16:40