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Nadal isenta quadra de críticas, mas dispara contra ATP com bolas ruins no Brasil Open

Segundo espanhol, jogar com bolinhas tão rápidas prejudica o tênis de boa qualidade e entidade seria a responsável para tantas reclamações


Após tantas reclamações dos estrangeiros quanto às condições da quadra em São Paulo, o espanhol Rafael Nadalmudou o discurso. Preferiu não reclamar do piso, nem dos quiques irregulares, tampouco do fato de os palcos do Brasil Open, o Ginásio do Ibirapuera e o Mauro Pinheiro, terem sido preparados em cima da hora.

Gaspar Nóbrega/Inovafoto
Nadal poupou quadra, mas soltou o verbo contra a bola usada no Brasil Open: "muito ruim"
Porém, o "pato" sobrou para as bolas usadas no torneio, consideradas pelo número 5 do ranking como "muito rápidas". Nadal não foi o primeiro jogador que apontou as bolas como fatores complicados de se adaptar em SP.

Na última quarta, o argentino David Nalbandian havia comentado que, conforme o passar da partida, as bolinhas ficavam menores, pelo fato de o feltro da mesma se soltar rapidamente. Dessa forma, ficaria "mais difícil para que o tenista tenha um controle maior sobre um determinado golpe", segundo o hermano.

Na entrevista coletiva após o triunfo sobre João Souza, o "Feijão", na última quinta-feira, Nadal soltou o verbo contra a ATP, entidade que gerencia o tênis masculino e que providencia a marca das bolas para os torneios do circuito.

"A situação da quadra não é muito ruim. Todas as quadras que são construídas de última hora, sem ter um clube fixo, são difíceis de serem perfeitas. O problema não é a quadra, mas é a bola", começou o heptacampeão de Roland Garros.

"O problema não é do torneio, mas é da ATP, por permitir que se jogue com essa bola, o que faz com que o tênis não seja de boa qualidade. Repito a vocês [jornalistas], o torneio não tem culpa nenhuma. A culpa é da ATP, que não tem a capacidade, nem infraestrutura de fiscalizar e analisar isso antes que o torneio comece", emendou o crítico Nadal, que já havia cutucado a entidade na última terça-feira em relação à divulgação dos exames antidoping e sobre o tema do calendário com muitos torneios na quadra rápida.

O cabeça de chave 1 em São Paulo, que ficou sete meses parado por conta de uma lesão no joelho esquerdo, faz duelo de quartas de final no Brasil Open na noite dessa sexta-feira contra o argentino Carlos Berlocq.

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Matheus Martins Fontes, De São Paulo

Publicado em 15 de Fevereiro de 2013 às 11:21


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