Nadal pede divulgação dos testes antidoping após escândalo com Armstrong: "temos que limpar a imagem do esporte"

O assunto deu o que falar e transbordou o mundo do ciclismo. É claro que o assunto Lance Armstrong e doping (em que o ex-ciclista confessou que se dopou durante suas conquistas na Volta da França) novamente ganhou repercussão nessa terça-feira e o novo palco de discussão foi a primeira entrevista coletiva de Rafael Nadal em São Paulo às vésperas de disputar o Brasil Open 2013.

Rafael Nadal comentou sobre a polêmica de doping que trouxe à tona o tema Lance Armstrong

Para Federer, as autoridades no tênis deveriam seguir o exemplo do ciclismo, que adota o processo de "passaporte biológico" como forma de acompanhar alterações nos organismos dos jogadores através da identificação de um perfil hematológico. Tal método é usado no ciclismo desde 2008.

Para Nadal, os testes deveriam ser públicos para que não houvesse possibilidade de trapaça ou que algo ilegal escapasse. "O esporte, com a terrível noticia do que houve com Armstrong, foi danificado. Descobriu-se que o mito fez trapaça. Quero estar certo, e todo mundo também de que a pessoa que está do outro lado da quadra, seja correndo na pista de atletismo, seja pedalando no ciclismo, está nas mesmas condições do que você. Para que isso aconteça, os controles têm que ser públicos", começou o heptacampeão de Roland Garros, que chegou a cutucar Federer em um ponto.

"Se testes são privados, temos um problema. Federer sai e diz que a gente precisa de mais testes, mas quando isto acontece, as pessoas não sabem por quantos testes estamos passando. O que podemos fazer é trabalhar para limpar a imagem do esporte. O esporte tem que ser um exemplo para crianças, para a sociedade, de valores para a vida. Para mim, se tivermos que passar a um controle a cada semana, nenhum problema. Eu apoio, mas que os controles sejam públicos", completou o número 5 do ranking.

A Federação Internacional de Tênis (ITF) realizou, ao todo, 131 testes sanguíneos durante competições realizadas em 2011, além de 2.019 testes de urina. No entanto, o sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, reclamou recentemente que o número de testes de sangue caiu vertiginosamente no ano passado.

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