Não foi fácil
Semifinal bastante equilibrada foi decidida somente no quinto e último set da partida
A segunda semifinal masculina do Australian Open também deve ter correspondido às expectativas de quem esperava mais um belo confronto. Na manhã desta sexta-feira, Andy Murray e Milos Raonic disputaram durante exatas 4h02 uma vaga na grande final da competição.
A partida, obviamente, foi bastante equilibrada. O primeiro set, porém, nem tanto. Com um nível de jogo abaixo do normal, Murray sofreu uma quebra de saque logo no primeiro game. Raonic, por sua vez, usou e abusou de seus poderosos serviços de 230km/h e teve duas chances para fechar a parcial. E fechou: 6/4 em 36 minutos.
Os dois sets seguintes foram, sem dúvida, os melhores. Com quase 1h de duração, cada, o jogo atingiu seu clímax. Logo no começo um rally e dois belos aces fizeram com que o britânico largasse na frente para delírio da torcida. A parcial seguiu empatada até o 5/5, quando uma dupla falta e um voleio na rede do canadense deram a vitória ao adversário.
O início do terceiro set contou com uma sequência de games ganhos sem que fosse permitido ao rival um único ponto sequer – isso para ambos os lados. O duelo bastante parelho já sugeria como seria o final da parcial. No tie break, Raonic converteu dois smashes e selou a parcial em 7/6 (7-4) com um de seus 23 aces.
Se belas jogadas cansassem os espectadores, certamente todos eles teriam saído esgotados da Rod Laver Arena, em Melbourne. Ambos os tenistas protagonizaram inúmeras subidas à rede, voleios, paralelas e saques angulosos durante toda a partida. No total, foram mais de 100 winners.
Após o terceiro game do quarto set, Milos Raonic pediu um tempo médico, se dirigiu ao vestiário e o jogo foi paralisado por alguns minutos. Sentindo um incômodo na virilha, o tenista canadense que estava à frente no marcador viu a situação favorável ir embora. Murray empatou o jogo com parcial de 6/4.
A dificuldade no apoio e na corrida principalmente para a esquerda fez parecer que o 14º colocado do ranking ATP jogava o quinto set no sacrifício. Ainda assim, ele conseguiu conquistar dois games seguidos após um 4/0 britânico. O feito, entretanto, foi insuficiente para evitar a derrota por 6/2 em apenas 37 minutos.
Com a vitória, o número dois do mundo Andy Murray irá enfrentar o único que está à sua frente: Novak Djokovic. Os dois vão reeditar a última a final do Australian Open na qual o sérvio se consagrou campeão pela quinta vez. Os tenistas já se enfrentaram 30 vezes, e somente em nove o britânico saiu vitorioso.
Publicado em 29 de Janeiro de 2016 às 11:50