A australiana Margareth Court é uma lenda do tênis. Dona de 24 Grand Slams, sendo 11 Australian Open (´60,´ 61, ´62, ´63, ´64, ´65, ´66, ´69, ´70, ´71 e ´73), cinco Roland Garros (´62, ´64, ´69, ´70 e ´73), cinco US Open (´62, ´65, ´69, ´70 e ´73) e três Wimbledon (´63, ´65 e ´70), a ex-tenista sempre se revelou uma unanimidade nas quadras. Fora delas, porém, ela acumula polêmicas.
A mais recente ocorreu depois de fazer esta afirmação: “O circuito feminino está cheio de lésbicas e posso ajudá-las”. Na semana passada, a tenista já havia afirmado que boicotaria a companhia área Qantas, após a empresa ter apoiado abertamente o casamento homossexual. Na ocasião, Court afirmou que “o casamento é a união entre um homem e mulher, como é referido na Bíblia”.
Houve reação do mundo do tênis. Tão logo Court anunciou o boicote à companhia aérea, tenistas do circuito se posicionaram, dizendo que se recusariam a jogar na Margaret Court Arena, segunda principal arena do Complexo de Melbourne, palco do Australian Open, que acontece nas duas últimas semanas de janeiro.
Também australiana e principal jogadora do país, além de declaradamente homossexual, Samantha Stosur começou um movimento entre os tenistas para mudar o nome da quadra. Stosur afirmou: “Acho que todo mundo pode ter sua opinião. Não concordo com isso, mas veremos quem vai querer jogar na Margaret Court Arena no próximo ano e quem não vai querer”, desafiou Stosur, campeã do US Open em 2010.
Lenda do tênis mundial, assim como Court, Martina Navratilova, também assumidamente homossexual, foi na mesma direção do posicionamento de Stosur, afirmando “ser a hora de se pensar em trocar o nome da quadra no Melbourne Park”.
A Federação de Tênis da Austrália ressaltou que a quadra possui o nome da tenista por seus feitos e não suas opiniões.