Os tenistas são acusados de guardarem suas fortunas em contas secretas no Banco HSBC da Suíça
"Um grande buraco negro do sistema financeiro," foi assim que uma das maiores denúncias contra fraudes fiscais foi definida pelos especialistas. O esquema de contas no HSBC da Suíça, chamado de "Swissleaks", continha mais de US$ 100 bilhões em contas secretas de 100 mil pessoas, com direito a traficantes, sheiks e grandes nomes do esporte envolvidos.
A denúncia foi feita na França e os dados foram obtidos por Herve Falciani, um especialista em sistemas de computador, que obteve dados do HSBC e colaborou para a divulgação do esquema que escondia dinheiro em contas do banco suíço. Grandes nomes do esporte foram envolvidos, como Fernando Alonso, Valentino Rossi, Michael Schumacher e os tenistas Marat Safin e Paradorn Srichaphan.
Safin, que arrecadou mais de US$ 14 milhões em premiações durante toda a sua carreira, foi conectado a três contas que movimentram 4,87 milhões de dólares. O tailandês Paradorn Srichaphan ganhou quase 3,5 milhões de dólares em prêmios e teve seu nome ligado à um montante de US$ 1,5 milhões, dividido em cinco contas. Os tenistas não comentaram a respeito das acusações até o momento.
Como a Suíça possui um sistema de sigilo bancário absoluto, o país europeu é um dos grandes paraísos fiscais do mundo, pois, como no caso, a origem do dinheiro não é questionada e muitas fortunas transferidas para a Suíça não são declaradas em seus países de origem. Os envolvidos terão que justificar as quantias guardadas no HSBC da Suíça às autoridades competentes.
Publicado em 10 de Fevereiro de 2015 às 10:30