Fique por dentro das histórias dos quatro títulos do Rio Open

Como de costume, sábado e domingo foram dias de grandes jogos no mundo do tênis. Palco semifinais e finais de do torneio que reúne um ATP 500 e um WTA Internaional, os últimos dias 20 e 21 de fevereiro consagraram campeões seis tenistas, só no Brasil.

Na cidade maravilhosa, Pablo Cuevas – que derrotou a surpresa brasileira Thiago Monteiro na segunda rodada – recebeu premiação de R$ 1.217.749,50, durante a noite desse domingo. Em um confronto de 2h16 de duração, o uruguaio venceu o argentino Guido Pella por 2 sets a 1 com parciais de 6/4, 6/7 (5-7) e 6/4.

O duelo começou equilibrado e foi interrompido no 3 a 3 por causa da chuva. Cerca de 3h20 depois, tudo foi reiniciado e o uruguaio conseguiu uma quebra, fazendo 5 a 4. Sacando muito bem, fechou no game seguinte. O segundo set seguiu parelho e foi decidido somente no tie break. Na terceira e última parcial, Cuevas matou o jogo logo no primeiro match point que alcançou.

Bastante feliz, o campeão recebeu o troféu das mãos do brasileiro Gustavo Kuerten. Na coletiva após a partida, ele comentou: "É um grande prazer receber o troféu das mãos do Guga, um dos jogadores que eu mais admirava. Cheguei a sair mais cedo da escola para ver jogos dele em Roland Garros. Depois, no ano da despedida dele, tive o prazer de enfrentá-lo".

Cuevas e Pella, além de protagonizarem uma decisão sul-americana, tiveram um retrospecto parecido na competição. Sem figurarem entre os favoritos, ambos precisaram derrotar cabeças de chave nas semifinais. Pella eliminou o austríaco Dominic Thiem (então 19º) em sets seguidos por 6/1 e 6/4; enquanto o atual campeão derrotou a grande estrela espanhola, Rafael Nadal (5º), em parciais de 6/7 (6-8), 7-6 (7-3) e 6/4.

Mais cedo

Já pela chave feminina do Rio Open, foi Francesca Schiavone quem se consagrou campeã. A experiente tenista de 35 anos derrotou a jovem norte-americana Shelby Rogers. Saindo atrás no placar, a italiana conseguiu virar o jogo e cravar um duplo 6/2, após perder a primeira parcial também por 6/2.

A veterana das quadras não vencia uma competição há quase três anos. Seu último título tinha sido conquistado em abril de 2013, em Marrakesh, no Marrocos. A conquista no Rio foi o sétimo triunfo da jogadora na carreira, que venceu Roland Garros em 2010. Com a conquista, Schiavone subiu no ranking e voltou a figurar entre as 100 melhores da WTA.

No discurso após o título, ela fez questão de agradecer ao público e ao Brasil. "Fiz essas anotações em português, independentemente do resultado da final. Quero dividir essa alegria com vocês. Para mim é um dia de festa, de grande emoção. O Brasil é um país maravilhoso, o sorriso de vocês preencheram meus dias aqui. Obrigada e boa sorte nas Olimpíadas".

Emocionada, ela complementou: "É um dos dias mais felizes da minha vida, foi uma semana completa, com momentos difíceis. Tive um match point contra, fiz uma boa semifinal, saí perdendo no primeiro set na final, e aí veio o título. Fiquei muito tempo sem ganhar nada, agora me sinto livre, tirei um peso, só quero aproveitar o momento”.

Duplas masculinas

O Brasil tinha a chance de assistir a uma final totalmente verde e amarela, neste Rio Open. A decisão, porém, foi colorida de outras cores. Na tarde do domingo, os cabeças de chave número dois Juan Sebastian Cabal e Robert Farah enfrentaram os espanhóis Pablo Carreno Busta e David Marreno.

Os colombianos, campeões da primeira edição, repetiram o feito e conquistaram o bicampeonato em sets seguidos com parciais de 7/6 (7-5) e 6/1. Agora, os dois somam seis títulos na carreira. Na semana passada, eles também levaram o ATP 250 de Buenos Aires.

"Estamos muito contentes por mais essa conquista, isso é resultado de anos de trabalho dentro da quadra”, disse Cabal. "Os Jogos Olímpicos são nosso grande objetivo nesta temporada, queremos chegar bem e vamos nos preparar da melhor maneira para isso”, completou seu parceiro, já de olho no futuro.

Antes de chegar à grande final, os dois venceram os brasileiros Thomaz Bellucci e Marcelo Demoliner por duplo 6/4. Na outra ponta da chave, Busta e Marreno derrotaram os grandes favoritos, Marcelo Melo e Bruno Soares. Em jogo mais disputado, os mineiros foram eliminados por 6/2, 3/6 e 10-7.

Duplas femininas

Antes mesmo do último dia de disputas do Rio Open, um dos quatro títulos já possuia donas. Para isso, a argentina María Irigoyen e a paraguaia Veronica Cepede Royg venceram a parceria firmada entre a britânica Tara Moore e a suíça Conny Perrin por 2 sets a 0 com parciais de 6/1 e 7/6 (7-5).

O título desse sábado foi o segundo de Irigoyen no Rio. Também nas duplas, a argentina foi campeã da edição 2014, ao lado da romena Irina-Camelia Begu. Já Royg nunca havia conquistado um título WTA na carreira. As duas receberam uma premiação total de R$ 49.384,50 e o troféu desenhado pelo desinger de joias Antonio Bernardo.