Filho de Agassi e Graf vai representar Alemanha em torneio mundial de beisebol

Um possível grande talento do Tênis que apostou em outra modalidade chamou a atenção dos fãs de esporte na última semana. Na quinta-feira (13) foram anunciadas as convocações de algumas seleções para a disputa da etapa qualificatória do World Baseball Classic, considerada a Copa do Mundo do beisebol. Entre os países que vão disputar a vaga está a Alemanha, que trouxe na lista de atletas um sobrenome bastante conhecido dos amantes do Tênis: Agassi.

_{Jaden Agassi tem 'pedigree' no Tênis, mas escolheu o beisebol para seguir carreira de atleta | Foto: Lyn Golden}

A história de Jaden Agassi, 23 anos, não é nova, e o atleta já foi bastante ilustrado em matérias e postagens de redes sociais sobre a relação com um esporte diferente dos pais. Ele é filho de André Agassi e Steffi Graf, ambos tenistas profissionais da prateleira mais alta da história do esporte. Juntos, Graf e Agassi contabilizam duas medalhas de ouro olímpico e 30 Grand Slams, além de dezenas de títulos por diversos tours da ATP e WTA.

Jaden, que é nascido em Las Vegas - EUA, seguiu a linhagem e busca ser atleta profissional. Porém o esporte não é o dos pais, e sim o beisebol, considerado o ‘passatempo da América’ - uma alcunha bastante popular para uma das modalidades mais antigas e tradicionais nos Estados Unidos.

Dificuldade em manter a bolinha entre as linhas mostrou caminho no beisebol

O beisebol, de acordo com o próprio jovem, foi (e é) uma ‘paixão à primeira vista’, como descrito em uma entrevista cedida à Major League Baseball há alguns anos. Ele começou como criança, seguiu no esporte durante a adolescência, e chegou a jogar em ligas colegiais - atuou pelos Trojans, da Universidade do Sul da Califórnia, uma das mais tradicionais do College estadunidense.

Hoje, Agassi atua em uma liga preparatória para jovens talentos, a MLB Draft League. Por lá estão muitos dos que serão as escolhas do chamado draft da MLB - quando as franquias profissionais escolhem atletas universitários, independentes ou do colegial para firmar contratos de longa duração. Embora não seja fundamental, este é o primeiro passo tomado pela grossa maioria dos atletas que chegam ao nível mais alto da principal liga de beisebol no mundo.

 

 

 

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Uma publicação compartilhada por Jaden Agassi (@jadenagassi)

Jaden poderia já ter sido escolhido em drafts anteriores, uma vez que esteve disponível em 2023 e 2024. Os números como arremessador são bons para os padrões de idade e experiência, mas a oportunidade ainda não veio. Até lá, Agassi aproveitará oportunidades ‘alternativas’, tal qual a representação de um país no chamado Clássico Mundial de Beisebol.

A relação com a Alemanha é familiar, uma vez que a mãe Steffi vem de lá. Pelas regras do World Baseball Classic, há muitas ligações que permitem um atleta representar um país, sendo a familiar a mais comum e fácil - além dela, residentes e refugiados, assim como netos e bisnetos também podem atuar por uma nação mesmo sem ter nascido por lá.

Disputa para os alemães será difícil

A Alemanha de Agassi vai disputar uma de duas vagas disponíveis via classificatória, que acontecerão a partir do dia 02 de março em Tucson, no Arizona - EUA. O grupo é composto, além dos alemães, pelo Brasil, China e Colômbia. Serão pelo menos três partidas (e uma quarta que será ‘repescagem), em que os dois melhores colocados avançam para a competição principal em 2026.

_{Agassi vai representar a seleção da Alemanha em importante competição internacional | Foto: Don Liebig}

O desafio é considerado grande - os colombianos são os atuais campeões panamericanos e figuram entre as ‘escolas’ emergentes no beisebol mundial. O Brasil ficou com a prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, mas conta com um plantel recheado de atletas que atuam profissionalmente nas principais ligas do mundo.

_{Foto de capa: John McGillen/USC Athletics}