Ferrer admite gosto amargo após final em Miami, mas prega foco imediato: "quero esquecer o mais rápido possível"

Por centímetros, ele não se tornou o primeiro tenista da Espanha a faturar o título do Masters 1000 de Miami. Por um ponto, ele não conquistou o segundo título da série e provou aos mais céticos que também é um grande jogador na quadra rápida. Mas David Ferrer teve um gosto amargo no final do último domingo após levar a virada para o britânico Andy Murray e ficar com o vice-campeonato.

Ferrer (à esq.) perdeu no detalhe a decisão para Andy Murray em Miami

A partida que durou 2h45min foi vencida por Murray com parciais de 2/6, 6/4 e 7/6(1) e teve lances em que ambos os tenistas, principalmente ao final do terceiro set, pareciam se render às dores. Ferrer, um dos mais respeitados quando o assunto é físico, não conseguiu segurar as cãibras e se tornou presa fácil no desempate decisivo.

Quando estava à frente por 6/5 na terceira parcial, Ferrer teve um match point à disposição no saque de Murray. O britânico arriscou tudo e acertou uma bola na linha, mas o espanhol parou o jogo pedindo o desafio eletrônico. Se acertasse a chamada, ergueria o troféu.

"Foi um jogo muito equilibrado. Tive um match point, e a bola foi tão perto da linha. Eu vi fora", começou a explicar Ferrer. "Agora vejo que foi um momento ruim. Não quero mais pensar sobre isso. Quero esquecer o mais rápido possível", emendou o tenista de 30 anos, que voltou ao top 4 nessa segunda-feira.

Mesmo assim, o revés indigesto promete não ser algo que vai abalar a confiança do guerreiro Ferrer. Quem garante? O próprio número 4 do mundo e campeão do Masters 1000 de Paris no ano passado.

"Sei que eu tive uma chance muito boa de ganhar Miami. Mas foi muito difícil vencer. Vou ter outros momentos como esse, minha vida não vai mudar por causa de uma partida. Vou me focar nos próximos torneios", concluiu o jogador, que vai disputar agora o Masters 1000 de Monte Carlo, daqui a duas semanas.

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