Entre os melhores, Bruno Soares vibra com fase no circuito: "foi a melhor metade de ano da carreira"

Mesmo que a tão sonhada vaga na final de Roland Garros não veio, o mineiro Bruno Soares não tem do que reclamara da temporada que vem fazendo em 2013. Os três títulos (ATP 250 de Auckland, Brasil Open e ATP 500 de Barcelona), além do vice no Masters 1000 de Madri e tantas outras semifinais, deixarão o tenista de Belo Horizonte pela primeira vez entre os 10 melhores duplistas do mundo.

Bruno acumulou três títulos e um vice-campeonato nesse primeiro semestre de 2013

Com os pontos acumulados na semifinal em Paris ao lado do parceiro Alexander Peya, Bruno subirá do atual 13° para o sexto lugar do ranking individual de duplas, atrás apenas dos irmãos Bob e Mike Bryan, algozes em Roland Garros, dos espanhóis Marc Lopez e Marcel Granollers e do sueco Robert Lindstedt.

Dessa maneira, Bruno igualará o feito de Carlos Kirmayr, que também foi sexto colocado no ranking de duplas em 1983. Na história, apenas Cássio Motta (parceiro de Kirmayr) chegou mais alto na tabela, com a quarta posição na mesma temporada de 1983.

Todas essas façanhas fazem Bruno considerar o primeiro semestre de 2013 o grande momento de sua carreira, mesmo com o revés na última quinta-feira.

"No fim, ficou um balanço extremamente positivo. Nós nos mantivemos entre as duas melhores duplas do mundo e estamos cada vez mais perto. Pegamos uma chave duríssima e paramos nos melhores. Mostramos força e progredimos", comentou o brasileiro, que, junto com o austríaco Peya, se consolida como a segunda melhor dupla do ano, superados apenas pelos Bryan.

Ao lado de Alexander Peya, Bruno ficou bem perto do título em Roland Garros

"Essa foi a melhor metade de ano da minha carreira. Ganhei três títulos, fui à final em Madrid, à semi em Roland Garros. Quem acompanha sabe que não tive refresco e todos os jogos foram pedreiras", analisou Soares, que já está sonhando com o ATP Finals de Londres, torneio que reúne as oito melhores duplas do mundo em novembro.

Com os resultados até o momento, Bruno e Peya estão com a classificação bem encaminhada. Mas engana-se quem acha que o número 1 do Brasil vá se acomodar com um segundo semestre recheado de competições tão importantes quanto Roland Garros.

Daqui a três semanas, começará o tradicional torneio de Wimbledon e, em setembro, o brasileiro disputa o US Open e a repescagem da Copa Davis, em que o Brasil joga pela permanência na elite do torneio em série contra a Alemanha.

Por isso, Bruno já se prepara para manter o mesmo ritmo apresentado na primeira parte deste ano. "O segredo é manter o ritmo e evoluir, conservar essa pegada boa que estamos, com um ritmo forte em todos os torneios. Estamos cada vez mais perto de Londres e está dando certo. Agora é trabalhar", concluiu Bruno.

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