Arrebatador
Melhor do mundo dominou o tenista suíço durante quase toda a partida
Quem acordou logo às 6h30 e ligou a televisão nesta manhã de quinta-feira certamente não se arrependeu. Na primeira semifinal de simples masculino do Australian Open, uma reedição das duas últimas finais de Grand Slams: Novak Djokovic e Roger Federer. E o número um mostrou, mais uma vez, porque é dono absoluto da posição.
Se o atual terceiro melhor tenista do mundo tinha a intenção de derrotar Djokovic e chegar à final – e com certeza tinha –, percebeu já no primeiro ponto da partida que a tarefa seria complicadíssima. O sérvio abriu o placar com um ace e, em seguida, não permitiu que Federer pontuasse antes de fechar o primeiro game por 40-0.
Com sua ótima cobertura de fundo de quadra e contando com inúmeros erros de backhand do adversário, Djokovic foi devastador nas duas primeiras parciais do jogo. Na primeira, fez 6/1 em apenas 22 minutos. Na segunda, conseguiu quebrar o saque do suíço, conquistar o ponto de um dos melhores rallys da partida e sacar para fechar por 6/2 em 32 minutos.
No terceiro set, seja pela necessidade de vencer para se manter vivo na briga pela vaga na final ou pela torcida que queria ver mais do duelo de titãs, Federer cresceu na partida e todos assistiram à melhor parcial do confronto. O suíço conquistou o primeiro game e testemunhou um adversário mais errático.
Com um belo smash, salvou um break point sérvio e com um erro do rival conseguiu se manter à frente no placar. No sexto game, também abriu o marcador, desta vez com a única dupla falta cometida por Djoko. Aquele era, sem dúvida, o melhor momento de Roger Federer em toda a partida. E o auge ainda estava por vir.
O 21º game do confronto durou 12 minutos e teve nada mais, nada menos, que seis break points – três para cada lado. Após salvar duas vantagens do sérvio conseguidas por aces, o suíço manteve-se no jogo com um belo winner e ampliou a folga na parcial com um dos poucos erros de Djokovic na partida. Mais dois games, e Federer fechava o set por 6/3 em 45 minutos.
Antes do início do quarto set, o jogo foi paralisado por alguns instantes para que o teto da Rod Laver Arena pudesse ser fechado. Quando retomado, Djokovic não deixou que o suíço passasse à frente em nenhum momento e fechou a parcial por 6/3 em 40 minutos. Nesse final, os dois estrelaram os pontos mais bonitos - com direito a duelo próximo à rede, voleios e bolas na paralela.
Após 2h19 de bola quicando, a partida foi então encerrada em 3 sets a 1. Apesar da queda natural de intensidade de Djokovic nas últimas parciais, o número um do mundo foi extremamente superior e deu poucas chances a Federer, que não jogou mal, mas também não conseguiu apresentar o mesmo nível de tênis de Nole.
“Sempre que volto aqui trago comigo a lembrança da conquista do meu primeiro Grand Slam, em 2008. Acabo assim sempre por tentar demonstrar meu melhor jogo dentro de quadra. Fiz dois sets incríveis e contra Roger Federer não pode baixar a intensidade. No quarto set consegui uma importante quebra que acredito ter sido essencial para sair daqui com esse resultado”, analisa o atual campeão do Australian Open que comemorou a vitória com socos no peito – gesto que provavelmente quer repetir ao final do próximo jogo.
Publicado em 28 de Janeiro de 2016 às 12:20