No horizonte
Chances de pupilo levantar taça em Roland Garros, todavia, são pequenas, segundo técnico sueco
Paris (França) - É inegável que a fase de Roger Federer está bem melhor em 2014 em comparação ao ano passado. Até aqui, no primeiro semestre, o suíço conquistou um título - o ATP 500 de Dubai - e foi vice-campeão de dois Masters 1000 - Indian Wells e Monte Carlo - e um ATP 250 (Brisbane), e com isso já é o quarto colocado do ranking mundial.
Federer e Edberg estão trabalhando juntos há menos de seis meses e já estão colhendo os frutos
Muitos já observam as raquetadas do ex-número 1 do mundo com certa influência de Stefan Edberg, ídolo de Federer e que começou a trabalhar como seu técnico no final do ano passado. Em entrevista à rede Eurosport, o ex-tenista sueco, que também liderou o ranking da ATP na década de 1980, explicou a evolução que já vê no jogo do pupilo.
“Em 2013, Roger [Federer] teve uma série de lesões. O mais importante agora é que ele está jogando sem dor, e assim consegue ter mais autoconfiança. Eu me juntei à equipe dele para inspirá-lo e mostrar um novo ângulo”, explicou Edberg, que ficou conhecido no mundo do tênis como um exímio jogador no estilo saque e voleio.
O estilo clássico, raro hoje em dia, é algo que Edberg quer ver cada vez mais nas cordas de Federer como diferencial para superar a supremacia da linha de base: “Para jogar mais dentro de quadra, Roger precisa de tempo e espaço. A tática é empurrar o adversário para trás e jogar de maneira agressiva. Acho que a maioria das pessoas concorda que, da linha de base, Roger não pode bater os melhores jogadores do mundo. Ele precisa usar as armas que tem de melhor: um bom saque, um bom forehand e seu desempenho junto à rede”, opina o sueco.
Prestes a ver seu jogador começar a disputa de Roland Garros, Edberg confessa que as chances de título para Federer são pequenas no saibro parisiense. Porém ele garante que o tenista de 32 anos tem condições de levantar novas taças de Grand Slam. Até aqui, Federer já coleciona 17.
“Realmente acredito que Roger possa vencer um Grand Slam. Roland Garros pode não ser a prioridade, mas com um pouco de sorte na chave ele tem alguma chance, mas o foco é Wimbledon e o US Open”, concluiu Edberg.
Publicado em 21 de Maio de 2014 às 12:20