Espanha sem chefe

Corretja dispara contra Federação por não continuar como capitão na Copa Davis

Ex-jogador ficou dois anos à frente da equipe espanhola no torneio e, demitido, mostrou decepção com presidente da RFET e outros membros da entidade


Barcelona (Espanha) - A Federação Espanhola de Tênis (RFET) anunciou, na última quinta-feira, que trocará o capitão na Copa Davis visando à próxima temporada. Assim, termina o comando de Alex Corretja à frente da "Fúria" com um vice-campeonato no ano passado (derrota para a República Tcheca) e a permanência no Grupo Mundial esse ano após vitória contra a Ucrânia na repescagem. Segundo os veículos espanhóis, o novo cargo estaria cotado por dois outros grandes nomes do tênis no país - Juan Carlos Ferrero e Carlos Moyá. 

Corretja (à dir.) não ficará no cargo de capitão da Espanha na Copa Davis para 2014

Corretja, duas vezes vice-campão de Roland Garros e ex-presidente do Conselho dos Jogadores da ATP, destacou ao jornal El Mundo Deportivo sua decepção com a decisão da RFET. Ele se reuniu recentemente com José Luis Escañuela, presidente da entidade, e Albert Costa, diretor técnico e ex-capitão espanhol na Copa Davis, e foi avisado de que seu contrato não seria renovado para 2014.

"Eles não me deram muitas razões ou o porquê de não renovarem meu contrato e nem me disseram quem seria o novo capitão", comunicou Corretja aos repórteres. "Dois meses atrás, Albert Costa disse que pensava que eu deveria continuar [como capitão]. Não sei o que mudou desde então, porque nós vencemos a repescagem. Durante a reunião, ele disse que a decisão era do presidente", completou.

A Espanha venceu a Copa Davis por cinco vezes, desde 1999, a última em 2011. Na época, Costa era o capitão da equipe. No ano passado, Corretja liderou os espanhóis até a final, em que perderam para a República Tcheca por 3 a 2. Rafael Nadal, lesionado, não estava no confronto em Praga.

Em 2013, sem Nadal e David Ferrer, a Espanha perdeu na primeira rodada do Grupo Mundial para os canadenses e teve que disputar os Playoffs em setembro, quando bateram a Ucrânia. Corretja lamentou a não continuidade no seu trabalho pelo bom relacionamento com os jogadores do time. 

"Meu relacionamento com os jogadores era excelente. Não uso máscaras, sempre fui muito atencioso e todas as decisões que tomei, tomei pensando no que era o melhor para eles. Tive que convocar 10 jogadores diferentes para seis confrontos, o que penso ser um recorde para nosso país", encerrou Corretja. 

Por Matheus Martins Fontes, da redação

Publicado em 4 de Outubro de 2013 às 15:08


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