País não ganha o título em casa desde 1992

Com ingressos esgotados, EUA se preparam para a final da Davis

País não ganha o título em casa desde 1992


Entre 30 de novembro e 2 de dezembro, os Estados Unidos terão a chance de conquistar o primeiro título da Copa Davis jogando em casa, algo que não acontece desde 1992. Para isso, 12 mil torcedores já garantiram ingresso para assistir o confronto diante da Rússia, que acontecerá em uma quadra sintética.

"Isto é algo que eu sei que todo o time vem sonhando há um bom tempo", disse Andy Roddick, melhor norte-americano no ranking. Nessa semana, o quinto colocado desistiu do Masters Series de Madrid por causa de uma contusão no joelho, mas não perde o ânimo. "Estamos muito empolgados com a oportunidade de sair com o título".

Se o número 1 do país sofre com problemas físicos, o segundo melhor precisa melhorar no aspecto mental. Durante uma virada na derrota contra o sueco Thomas Johansson na semifinal, o capitão Patrick McEnroe gritou com James Blake para tentá-lo acordar, pois estaria muito desanimado.

"Acho que Andy tomou uma medida mais cautelar. Mas ele estará em Lyon, Paris e Xangai, o que é bom. Assim, estará entrando em ritmo de jogo para a Davis", afirmou McEnroe. "Já James, é uma época boa para ele ganhar confiança. E quando joga na frente da torcida, ele consegue produzir um tênis incrível", afirmou.

Roddick tem bom retrospecto nos EUA

"O problema é que, às vezes, ele fica muito negativo em quadra, e não percebe isso. Quando gritei com ele, só queria que ele percebesse o que estava acontecendo. James atua melhor quando está pensando de maneira positiva. Meu trabalho é ajudá-lo. Não importa se ele ficar nervoso, desde que comece a mostrar mais garra", garantiu o capitão.

Outro fator que ajuda os norte-americanos é o retrospecto dos seus tenistas jogando em casa. Roddick venceu 17 das 19 partidas que fez. As únicas derrotas vieram contra o croata Ivan Ljubicic em 2003 e diante do romeno Andrei Pavel, três anos depois, em um duelo onde passou mal e até vomitou em quadra.

Com Blake, a situação é parecida. São nove triunfos e dois tropeços atuando nos Estados Unidos e sete derrotas contra apenas seis vitórias jogando fora de casa. A quadra mais rápida de Portland, local do confronto, também ajudará o oitavo colocado na ATP, pois potencializará suas virtudes em quadra, como os golpes rápidos e chapados.
Da redação

Publicado em 16 de Outubro de 2007 às 07:54


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