Fez bonito

Brasil alcança melhor campanha do tênis em cadeira de rodas nas Paralimpíadas do Rio

Jogando em casa, país conquistou dois feitos inéditos durante esta edição dos jogos


O tênis em cadeira de rodas brasileiro encerrou neste domingo a participação nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 com grande evolução em comparação a edições anteriores. Com recorde em número de participantes, o Brasil aumentou sua participação feminina e Quad – categoria para aqueles que têm deficiência em membros inferiores e superiores. Com representantes em todas as chaves, a delegação misturou a experiência de Mauricio Pomme, Carlos Santos e Rajane Candida com atletas mais jovens.

A pernambucana Natalia Mayara, por exemplo, entrou para a história ao se tornar no Rio 2016 a primeira brasileira a vencer uma partida; além de ter tido chances contra uma das principais favoritas, a britânica Jordanna Whiley, cabeça de chave três. Na partida, Natalia começou jogando abaixo do normal, mas chegou a empatar o primeiro set no oitavo game. Já na parcial seguinte, a rival mostrou superioridade e cravou a vitória por 6/4 e 6/1, em 1h16 de duelo.

“Independente do resultado já entrou para a história para mim, porque eu vivi momentos que nunca tinha vivido antes. Foi incrível ter essa torcida me apoiando, foi incrível poder ter entrado todos os dias em quadra representando o meu país dentro dele e saio muito feliz. Sei que tinha condições de ir mais longe, queria muito mais do que isso, mas ao mesmo tempo me sinto realizada por ter feito parte disso tudo”, comentou a número um do Brasil no ranking mundial.

Abrindo a programação da Quadra Maria Esther Bueno, Daniel Rodrigues jogou nesse domingo com a difícil missão de enfrentar o japonês atual bicampeão paralímpico, e um dos maiores atletas da história do tênis em cadeira de rodas, Shingo Kunieda. Ainda que enfrentando um grande nome da modalidade, o mineiro conseguiu uma boa apresentação. A derrota, todavia, foi inevitável, terminando com parciais de 6/2 e 6/1, após 1h11 de confronto.

“Eu sabia que era um jogo difícil, mas é preciso persistência e eu já tinha em mente fazer um jogo bonito, que fosse bacana para os dois lados. Tentei ao máximo buscar força para não levar pontos de graça e manter um jogo bem disputado”, afirmou Daniel. “Preciso agradecer esta torcida que me apoiou e fez eu me sentir em casa. Agora é fazer a preparação para ganhar desse tipo de cara”, completou o tenista que já visa às disputas em Tóquio-2020.

Já no encerramento da participação brasileira, o catarinense Ymanitu Silva levou o país pela primeira vez às quartas de final da categoria Quad. E, por fim, o último jogo com participantes verde-amarelos valeu pela chave de duplas masculinas, no qual Daniel e Rafael Medeiros acabaram superados pelos holandeses Tom Egberink e Maikel Scheffers, por parciais de 6/2 e 6/3. 

Da redação

Publicado em 13 de Setembro de 2016 às 11:37


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