"Acho que ainda estou sonhando", confessa Wawrinka após título na Austrália

Melbourne (Austrália) - Pela primeira vez desde 2001, Roger Federer deixou de ser o melhor tenista da Suíça. O responsável por tal mudança é Stanislas Wawrinka, o grande campeão do Australian Open, batendo pelo caminho Novak Djokovic (número 2), Tomas Berdych (número 7) e Rafael Nadal (número 1 do mundo). Agora, como terceiro da ATP, “Stan” viu o amigo apenas em oitavo lugar, a sua pior posição desde outubro de 2002. 

Wawrinka

Ainda assim, Wawrinka, 28 anos, não perde a postura humilde característica e revela que Federer o ajudou no caminho rumo ao título inédito de Grand Slam. "Roger [Federer] é um grande amigo. Para mim, é o melhor jogador da história. Ele sempre me manda mensagens. Não liguei para muitas pessoas, só para minha esposa, minha filha e minha irmã. E o Roger me ligou. Isso é legal para mim. Sei que ele está feliz, porque sempre quis o meu melhor", contou.

Mesmo reconhecendo que “caiu nas graças da imprensa”, Wawrinka não se esquece de idolatrar Federer, principalmente por sua hegemonia na década passada. "É uma sensação incrível. Vi o Roger ganhar tantos Grand Slams no passado, então agora é a minha vez”, opinou o atleta, que foi medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim/2008 justamente ao lado do dono de 17 Majors.

Antes do Aberto da Austrália, Wawrinka tinha um currículo modesto, com apenas cinco títulos, e todos de ATP 250 (o último em Chennai no primeira semana da temporada). Para ele, que declarou no começo do torneio que não acreditava em chances de título, bater Djokovic, Nadal, Federer e Murray é uma missão quase impossível, o que eleva ainda mais a sua conquista.

“Se você observar os últimos dez anos, com exceção do Del Potro, apenas os quatro grandes ganharam todos os Grand Slams", disse Wawrinka. "Para ser honesto, ainda não estou acreditando. Acho que estou sonhando. Nunca esperei jogar uma final e vencer um Grand Slam. E acabo de fazer isso. Especialmente pela maneira que joguei durante todo o torneio, para mim é uma grande surpresa", encerrou o suíço, ainda invicto no ano.