Também britânico, o ex-top 4 concedeu entrevista acerca do novo líder mundial
Da redação em 6 de Dezembro de 2016 às 12:03
Tim Henman de kilt durante exibição com os compatriotas Andy e Jamie Murray e o búlgaro Grigor Dimitrov, em setembro
Antes de Andy Murray entrar para a história como o primeiro britânico a assumir a liderança do ranking ATP de simples, alguns nomes também marcaram o tênis da ilha europeia. Quarto melhor tenista do mundo há 14 anos, Tim Henman falou a respeito da temporada e do que enxerga para o futuro do compatriota. Durante a Champions Tennis na semana passada, ele respondeu três perguntas acerca do atual melhor do mundo, dissertando sobre se ficou surpreso com o feito, se encarou pressões semelhantes enquanto era jogador e, por fim, o que Murray ainda deve conquistar na carreira.
“O ranking não mente. De Monte-Carlo para cá, ele realmente começou a construir a base da sua temporada. Ter jogado bem no saibro, vencendo em Roma e chegando à primeira final de Roland Garros, deu a ele a confiança para fazer ainda melhor nas outras superfícies. Com essa dinâmica, seu jogo tornou-se muito consistente nos últimos sete meses do ano”, começou Henman. “Ele provavelmente ficou desapontado com a derrota para Nishikori no US Open, mas terminar 2016 com cinco títulos seguidos e derrotar seu maior rival para terminar como número um foi o desfecho ideal para ele”.
Sobre as similaridades com o britânico, Henman abrangeu tanto questões externas quanto internas dos tenistas. “Nós dois entendemos que para você fazer um bom trabalho é necessário controlar aquilo que se pode, ou seja, sua preparação e seu desempenho. O que você vê nos jornais ou na televisão ou até as falas dos fãs são coisas que você não tem controle. Então, não tem porque você se preocupar com isso”. “Eu sempre adorei jogar em casa e sentir o suporte dos fãs. É algo inigualável. Tenho certeza que também é assim para Murray”, comentou o semifinalista de Wimbledon em 1998.
Quanto ao que o futuro reserva para o atual número um do mundo, Henman mostrou-se otimista: “Acredito que vários títulos de Grand Slams ainda estão por vir, não somente um. Ele está em ótima forma, física e mentalmente. Eu olho para seus rivais e vejo que Novak Djokovic teve um segundo semestre complicado e que Roger Federer e Rafael Nadal têm sofrido com lesões. E apesar de existirem outros jogadores perigosos como Stan Wawrinka, Kei Nishikori e Milos Raonic, ainda vejo Murray superior a todos eles por ora – e também por mais algum tempo”.
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