Suíço é o maior vencedor da competição na categoria de simples masculino
Da redação em 28 de Junho de 2019 às 15:37
Foto: Divulgação/Wimbledon
O suíço Roger Federer conheceu nesta sexta-feira (28) sua chave para a disputa do torneio de Wimbledon em 2019. Dono de 8 títulos na grama britânica, onde é o maior vencedor, ele tenta vencer seu 21° Grand Slam no torneio que começa na próxima segunda-feira (1).
Depois de boas atuações na temporada de saibro, onde somou quartas de final nos Masters de Roma e de Madri e foi semifinalista em Roland Garros, Federer iniciou sua preparação para a disputa no All England Club no ATP 500 de Halle. No torneio, o único disputado por ele na grama nesta temporada, Roger ficou com o título, o décimo de sua carreira na competição.
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Ao longo da semana na Alemanha, o número #3 do mundo não teve fácil. Depois de um jogo duro com o australiano John Millman (finalizado com parciais de 7/6 e 6/3), ele enfrentou dois experientes e talentosos oponentes, que demandaram maior esforço e só foram derrotados depois de três sets. Na segunda rodada, o adversário foi o francês Jo-Wilfried Tsonga, ex-top #5. Tsonga dificultou a vida de Federer, fazendo com que o suíço marcasse 7/6 (7-5) 4/6 e 7/5 para avançar. Depois, o oponente foi o espanhol Roberto Bautista Agut, que também exigiu bastante e só foi superado após Roger marcar 6/3, 4/6 e 6/4.
Passadas as batalhas, Federer jogou mais confiante. Mais calibrado em seu golpes, ele derrotou o francês Pierre Hugues-Herbert na semifinal com um duplo 6/3 e bateu na decisão o belga David Goffin, ex-top #10, com parciais de 7/6 (7-2) e 6/1. Assim, ele levantou seu primeiro título em Halle desde 2017 e conquistou o 102º troféu da carreira.
No Major disputado na Grã-Bretanha, Federer teve a sorte de escapar de oponentes mais duros nas rodadas iniciais, ao contrário de seus rivais Rafael Nadal e Novak Djokovic. Segundo cabeça de chave, ele enfrenta em sua estreia o sul-africano Lloyd Harris, número #87 do mundo aos 22 anos. Tenista de 1,93m, Harris tem um saque consistente na grama, onde detém média de 74% no primeiro serviço, e costuma usar um estilo de jogo com destaque para o forehand, seu golpe preferido. Na preparação para Wimbledon, Harris foi eliminado na primeira rodada do qualifying em Halle e no ATP 250 de Eastbourne.
O mais cotado para enfrentar o recordista de títulos de Grand Slam entre os homens numa eventual segunda fase é o britânico Jay Clarke, #166 aos 20 anos. Se vencer, Federer pode começar a enfrentar adversários mais duros, uma vez que tem pelo caminho o francês Lucas Pouille, cabeça #27, em uma possível terceira rodada. Um eventual duelo de oitavas de final reuniria o natural da Basileia com o italiano Matteo Berretini, que fez boas campanhas na grama em 2019. Depois disso, os possíveis oponentes na sequência do campeonato são o japonês Kei Nishikori, Nadal e Djokovic.
De modo geral, pode-se dizer que Federer chega em Wimbledon com status de candidato ao título. Com a boa resistência física apresentada em Roland Garros, ele pode resistir e vencer em possíveis duelos de cinco sets. Com o talento de quem é o maior vencedor de sua categoria no torneio britânico, ele deve fazer jus ao favoritismo nas primeiras rodadas e ir ganhando ritmo ao longo do torneio.
A partir daí, o ex-número #1 precisará ter cuidado para evitar oscilações e aproveitar suas chances para evitar uma derrota como a de 2018, quando parou nas quartas após perder para Kevin Anderson, futuro vice-campeão. Se manter a confiança, ele tem grandes chances de vencer o torneio mais importante do mundo do tênis pela nona vez.