Fisioterapia

Fisioterapia no campo

Conheça a rotina dos fisioterapeutas em grandes eventos esportivos


Ron C. Angle/TPL
Nos eventos, a fisioterapia "apaga o fogo", pois, na maioria dos casos, ajuda o atleta de forma provisória e não curativa

COMO É O TRABALHO do fisioterapeuta nos grandes eventos esportivos nacionais e internacionais?

O que pode mudar de uma modalidade esportiva para outra é a quantidade de profissionais envolvidos. Isso depende do número de atletas participantes e do atendimento em campo, pois cada modalidade tem um regulamento para atendimento fisioterapêutico/médico.

Geralmente, o staff do departamento médico conta com um médico responsável, fisioterapeutas (chamados "trainer"), massagistas e ainda equipes de apoio médico com ambulância, uma para atendimento aos atletas e outra para atendimento ao público.

Dependendo do evento e/ou esporte, existe um regulamento sobre a logística dos atletas (treino, vestiários, restaurante, fisioterapia, entre outros), pois, quanto mais próximo forem as dependências utilizadas pelos atletas, mais conveniente e seguro. E tudo isso deve ser providenciado bem antes de o evento começar.

ROTINA DE TRABALHO

Normalmente, a equipe de fisioterapeutas chega pelo menos 30 minutos antes do primeiro jogo. É um tempo razoável para os preparativos e para atender ou preparar os jogadores da competição.

Alguns tenistas trazem seus próprios fisioterapeutas, mas, mesmo em um torneio de alto nível, isso ocorre raramente. A maioria dos atletas ainda usa o serviço de fisioterapia oferecido pelo torneio, que está sempre à disposição.

É frequente os jogadores terem uma rotina pré-jogo, como: bandagens (tornozelo, joelho, entre outros), massagem para aquecimento, alongamento e manipulação. Alguns gostam de aquecer um pouco antes da partida e entrar direto, suando. Outros preferem aquecer em quadra/campo, tomar uma ducha e repousar um pouco antes da partida.

Para atendimentos em quadra, no caso do tênis, existe um regulamento de tempo, tipo de queixa e quantidade de atendimentos por queixa (para mais detalhes consulte nossa edição número 97).

Após a partida, cada atleta tem um ritual: uns alongam, outros treinam e alguns fazem massagem. Se algum atleta tiver um histórico de lesão, ele procura a fisioterapia para tratamento.

De uma forma geral, a fisioterapia, nos eventos, "apaga o fogo", pois, na maioria dos casos, ajuda o atleta de forma provisória e não curativa. É diferente do trabalho em clínica. Mas, a satisfação para o fisioterapeuta que trabalha com esportes é o desafio de auxiliar o atleta em seu bem-estar físico e deixá-lo apto a competir em alto rendimento.

É importante frisar também que o fisioterapeuta não receita medicação, sendo essa uma responsabilidade do médico. Há alguns anos, o fisioterapeuta carregava em sua bolsa de atendimento de quadra eletrólitos, analgésicos, entre outras coisas; e, como em certos casos de doping o fisioterapeuta foi vítima de denúncia, isso parou.

Um outro dado importante é que o fisioterapeuta deve ser especializado na área esportiva. O órgão que regulamenta a especialidade é a SONAFE (Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva), pois atender atletas de alto rendimento requer conhecimento específico e especializado.

Ricardo Takahashi

Publicado em 29 de Fevereiro de 2012 às 06:34


Preparação Física/Fisioterapia

Artigo publicado nesta revista

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