Torneio
Personagens e curiosidades de Wimbledon 2012
Em 2008, quando Rafael Nadal dominou o circuito, alguns decretaram o seu fim. No entanto, ele foi lá e ressurgiu em 2009. Em 2010, voltou à sombra do espanhol e, pior do que isso, em 2011, viu Novak Djokovic ter uma temporada mais perfeita do que ele mesmo havia feito em 2004, 2006 e 2007. Agora sim, era o fim da linha? Ele, já com 30 anos, caria para sempre com 16 títulos de Grand Slam e faltando apenas bater um dos poucos recordes que Pete Sampras ainda possuía, o número de semanas na liderança do ranking.
"As coisas estão muito mais fáceis na sala de imprensa agora. Eles estão em paz, apesar de eu entender que todos querem ser o primeiro a mencionar: 'Ok, este é o declínio'", brincou Roger Federer, tão logo venceu seu 17º Grand Slam - aumentando seu recorde -, o sétimo em Wimbledon - igualando Sampras e o lendário William Renshaw -, que lhe valeu a liderança do ranking, garantindo assim o recorde de semanas no topo.
"Estou acostumado a ver Roger quebrando meus recordes", disse Sampras pouco antes de o suíço entrar em quadra e acabar com as esperanças de Andy Murray e dos britânicos. A verdade é que, a cada vez que entra em quadra, Federer parece já estar superando algum recorde. Depois de sua apertada vitória contra Julien Benneteau, na terceira rodada, um jornalista apontou que ele havia passado Andre Agassi em número de games jogados em Majors, com 5.459, ao que o bem-humorado suíço respondeu rindo: "Está vendo! É por isso que batalhamos lá. Porque eu sabia. Sabia que esse recorde estava em jogo. Sabia. Foi talvez por isso que não consegui terminar mais cedo, pois é um recorde importante para mim..."
E qual seria o segredo da longevidade e do sucesso para o suíço? "Este ano, acho, que decidi, nas partidas importantes, pressionar mais o meu oponente do que esperar pelos erros. Sim, acho que é assim a forma como você quer vencer Wimbledon, indo para os golpes, acreditando que você pode". Sim, ele pode e ninguém arrisca dizer quando vai parar. Aguardamos o rei ansiosamente no fim do ano aqui no Brasil.
Dois anos antes, Federer havia surpreendido o mundo ao derrotar Sampras, mas acabou não indo adiante no torneio. Em 2003, aos 21 anos, ele conquistou seu primeiro Grand Slam, com vitórias inapeláveis sobre tenistas como Roddick e Philippoussis.
R128 - Hyung-Taik Lee (KOR) - 6/3, 6/3 e 7/6(2)
R64 - Stefan Koubek (AUT) - 7/5, 6/1 e 6/1
R32 - Mardy Fish (USA) - 6/3, 6/1, 4/6 e 6/1
R16 - Feliciano Lopez (ESP) - 7/6(5), 6/4 e 6/4
Q - Sjeng Schalken (NED) - 6/3, 6/4 e 6/4
S - Andy Roddick (USA) - 7/6(6), 6/3 e 6/3
F - Mark Philippoussis (AUS) - 7/6(5), 6/2 e 7/6(3)
Já número um do mundo, Federer defende seu título em Wimbledon. Na final, foi salvo pela chuva, que interrompeu a partida quando estava em um momento ruim. Na volta, reverteu o placar.
R128 - Alex Bogdanovic (GBR) - 6/3, 6/3 e 6/0
R64 - Alejandro Falla (COL) - 6/1, 6/2 e 6/0
R32 - Thomas Johansson (SWE) - 6/3, 6/4 e 6/3
R16 - Ivo Karlovic (CRO) - 6/3, 7/6(3) e 7/6(5)
Q - Lleyton Hewitt (AUS) - 6/1, 6/7(1), 6/0 e 6/4
S - Sebastien Grosjean (FRA) - 6/2, 6/3 e 7/6(6)
F - Andy Roddick (USA) - 4/6, 7/5, 7/6(3) e 6/4
Em nova final contra Roddick, Federer leva o tricampeonato de Wimbledon. Na campanha, foi quase impecável, perdendo um único set.
R128 - Paul-Henri Mathieu (FRA) - 6/4, 6/2 e 6/4
R64 - Ivo Minar (CZE) - 6/4, 6/4 e 6/1
R32 - Nicolas Kiefer (GER) - 6/2, 6/7(5), 6/1 e 7/5
R16 - Juan Carlos Ferrero (ESP) - 6/3, 6/4 e 7/6(6)
Q - Fernando Gonzalez (CHI) - 7/5, 6/2 e 7/6(2)
S - Lleyton Hewitt (AUS) - 6/3, 6/4 e 7/6(4)
F - Andy Roddick (USA) - 6/2, 7/6(2) e 6/4
Ainda soberano na grama, Federer fez sua primeira final de Wimbledon contra Nadal. A vitória o deixou a um título de igualar as cinco conquistas seguidas de Bjorn Borg.
R128 - Richard Gasquet (FRA) - 6/3, 6/2 e 6/2
R64 - Tim Henman (GBR) - 6/4, 6/0 e 6/2
R32 - Nicolas Mahut (FRA) - 6/3, 7/6(2) e 6/4
R16 - Tomas Berdych (CZE) - 6/3, 6/3 e 6/4
Q - Mario Ancic (CRO) - 6/4, 6/4 e 6/4
S - Jonas Bjorkman (SWE) - 6/2, 6/0 e 6/2
F - Rafael Nadal (ESP) - 6/0, 7/6(5), 6/7(2) e 6/3
Federer iguala os cinco títulos seguidos de Borg, mas não sem algum esforço, já que Nadal o leva a jogar cinco sets na final (a primeira vez que alguém o forçou a tanto no Aberto inglês).
R128 - Teimuraz Gabashvili (RUS) - 6/3, 6/2 e 6/4
R64 - Juan Martin Del Potro (ARG) - 6/2, 7/5 e 6/1
R32 - Marat Safin (RUS) - 6/1, 6/4 e 7/6(4)
R16 - Tommy Haas (GER) - W/O
Q - Juan Carlos Ferrero (ESP) - 7/6(2), 3/6, 6/1 e 6/3
S - Richard Gasquet (FRA) - 7/5, 6/3 e 6/4
F - Rafael Nadal (ESP) - 7/6(7), 4/6, 7/6(3), 2/6 e 6/2
Depois da derrota para Nadal no ano anterior, em 2009 estava em jogo o recorde de Grand Slams de Sampras. Se vencesse, Federer se tornaria o maior ganhador de Majors da história. A final contra Roddick foi tensa e épica.
R128 - Yen-Hsun Lu (TPE) - 7/5, 6/3 e 6/2
R64 - Guillermo Garcia-Lopez (ESP) - 6/2, 6/2 e 6/4
R32 - Philipp Kohlschreiber (GER) - 6/3, 6/2, 6/7(5) e 6/1
R16 - Robin Soderling (SWE) - 6/4, 7/6(5) e 7/6(5)
Q - Ivo Karlovic (CRO) - 6/3, 7/5 e 7/6(3)
S - Tommy Haas (GER) - 7/6(3), 7/5 e 6/3
F - Andy Roddick (USA) - 5/7, 7/6(6), 7/6(5), 3/6 e 16/14
Desacreditado, Federer alcança o sétimo título na grama sagrada, igualando Sampras e William Renshaw e, mais do que isso, retoma a liderança do ranking, quebrando o recorde de Sampras.
R128 - Albert Ramos (ESP) - 6/1, 6/1 e 6/1
R64 - Fabio Fognini (ITA) - 6/1, 6/3 e 6/2
R32 - Julien Benneteau (FRA) - 4/6, 6/7(3), 6/2, 7/6(6) e 6/1
R16 - Xavier Malisse (BEL) - 7/6(1), 6/1, 4/6 e 6/3
Q - Mikhail Youzhny (RUS) - 6/1, 6/2 e 6/2
S - Novak Djokovic (SRB) - 6/3, 3/6, 6/4 e 6/3
F - Andy Murray (GBR) - 4/6, 7/5, 6/3 e 6/4
"Houve um momento que lembrei que estava no sofá e não sai de lá o dia todo, por dois dias. Estava acabada. Estava rezando, como se não pudesse mais seguir adiante. 'Suportei o máximo. Deixe-me ser capaz de superar isso'", confessou Serena Williams logo após ter vencido seu quinto troféu em Wimbledon e demonstrando que ainda tem força para dominar o circuito. Ainda mais com um saque tão afiado, que quebrou recordes no torneio - anotando 24 em uma mesma partida e 102 na soma geral.
Serena igualou o número de títulos em Londres da irmã mais velha. Além disso, uniu-se a Venus para levar também o quinto Major de duplas na Inglaterra, somando, ao todo 17 conquistas para a família na grama do All England Club, já que ambas possuem ainda um título de duplas mistas.
Com isso, a caçula das Williams provou que ainda pode alcançar muito mais no tênis. "Este é apenas o começo de uma nova fase". Martina Navratilova, detentora de 18 Grand Slams em simples, e StefGraf, com 22, estavam assistindo à f inal da norte-americana contra Agnieszka Radwanska. Serena completou 14 Majors e talvez haja espaço para mais. Com a aposentadoria de Kim Clijsters, Sharapova, Kvitova e Azarenka que se cuidem.
Deu pena. Primeiro britânico na final de Wimbledon desde 1938, o choro era previsível caso não houvesse o triunfo. "Estaria jogando o esporte errado se ele não fosse emocional", admitiu Andy Murray após a derrota na decisão e o pranto. Federer foi consolá-lo: "Ele me disse: 'Essa deveria ser a parte fácil, fazer os discursos depois da partida.' Mas, às vezes, isso parece bem difícil se comparado com jogar a partida".
Para muitos, esta talvez tenha sido a melhor chance de Murray de vencer um Grand Slam e também de um jogador do Reino Unido de ganhar em casa. Nadal e Djokovic estavam fora do caminho. Restava um Federer "trintão e decadente", segundo alguns. No entanto, antes mesmo da final Murray já sabia que não seria fácil e que não se sentiria pressionado para vencer já que do outro lado da quadra estaria um dos melhores tenistas da história. Depois da derrota, definiu: "Ele poderia estar com 20 Grand Slam se não fosse por alguns pontinhos ou milímetros. Ele ainda está jogando um tênis espetacular. Não acho que você alcança o número um a menos que mereça". E garantiu: "Estou próximo de ganhar [um Grand Slam]".
Agnieszka Radwanska é a típica top 10 que ninguém dá muita bola. É quase como o David Ferrer do circuito feminino. Todo mundo conhece, mas não liga muito. Para quem não sabe, a polonesa está entre as 10 melhores do mundo desde 2008. Aos 23 anos, atingiu o segundo lugar do ranking e tem sido a primeira tenista do país a alcançar diversas marcas desde que começou a fazer sucesso. No caso da final de Wimbledon, ela repetiu o feito de Jadwiga Jedrzejowska, compatriota que foi vice em 1937.
A "importância" que a imprensa dá para a menina é proporcional às rodadas que ela avança no torneio. Então, suas coletivas raramente estão lotadas. Ainda assim, em uma das mais relevantes, depois de ter vencido a semifinal, os jornalistas, mesmo querendo, não puderam conversar muito com ela. Com um acesso de tosse, ela precisou interromper a entrevista e não voltou mais.
"Vocês realmente gostam de falar do Roger? Toda coletiva de imprensa surgem perguntas sobre ele e eu tenho que ficar me repetindo", afirmou Novak Djokovic com um sorriso amarelo após perder a semifinal. O sérvio vinha jogando um tênis de extrema qualidade e consistência, digno de um número um do mundo e parecia que novamente ia barrar o sonho de Federer em uma semifinal de Grand Slam - como fez duas vezes no US Open, duas no Australian Open e uma, a mais recente, em Roland Garros. No entanto, assim como na semifinal do Aberto da França no ano passado, o suíço surpreendeu novamente e soube dominar o jogo regular do sérvio com agressividade nos momentos-chave.
Se você perguntar a um espectador da imensa fila de Wimbledon, qual tenista gostaria de ver? Se ele for realista para entender que não será capaz de conseguir um ingresso para uma das três principais quadras, certamente dirá: Jo-Wilfried Tsonga. O estilo acrobático do francês encanta o público, especialmente os londrinos, que se apinham ao redor das quadras em que sabem que há tenistas performáticos, especialmente os que ainda arriscam saque-e-voleio, tão raros hoje.
Quando essa alemã fez a semifinal do US Open no ano passado, parecia mais um caso dessas surpresas que logo esvaecem. Angelique Kerber, contudo, apesar dos altos e baixos, logo atingiu o top 10 e fez quartas em Roland Garros (perdeu para Sara Errani). Em Wimbledon, aposentou Clijsters, superou a compatriota Sabine Lisicki antes de perder para a amiga Radwanska e, por fim, conheceu StefGraf pessoalmente. O tênis feminino alemão ressurge?
Victoria Azarenka vinha extremamente bem no torneio até que... surgiu Serena Williams no caminho. Com 24 aces no jogo - um recorde do tênis feminino -, a norte-americana impediu qualquer chance de a bielorrussa continuar rumo ao título. Ainda assim, a vitória de Serena na final garantiu o número um a Azarenka.
Há alguns anos, os três mosqueteiros, Djokovic, Nadal e Federer, vêm dominando todas as ações do tênis. Ao mesmo tempo que o esporte nunca viu nada parecido com esses três gênios e celebra suas conquistas, vive também uma era triste para "os menos favorecidos" e raramente qualquer outro tenista - que não esses três - consegue brilhar. Nem mesmo nos torneios "menores", quando teoricamente os três talvez não estejam tão focados, ocorre uma zebra.
Porém, ela aconteceu em Wimbledon e, pior para Nadal. Depois de dar uma pequena vacilada no primeiro set contra Thomaz Bellucci na estreia, o espanhol não contava com a noite inspirada do tcheco Lukas Rosol [foto], número 100 do mundo, que nunca havia sequer passado da primeira rodada em Wimbledon nas cinco outras vezes em que disputou a competição. O que aconteceu? "Ainda não sei. Não esperava que pudesse fazer isso. Lamento por Rafa, mas eu estava em algum outro lugar", confessou o tcheco após derrubar o Touro.
O que essa derrota representa? "Nada contra Rafa, mas é bom ver que isso [um jogador de ranking baixo derrotar os tops] ainda é possível. Acho que há 15 anos você tinha jogos como esse muito mais frequentemente nas quadras rápidas, quando um cara cava intenso e era capaz de liquidá-lo. Hoje é virtualmente impossível, pois as condições são muito mais lentas. É muito mais difícil. De qualquer forma, é legal ver que isso é possível", comentou Federer.
"Serve de exemplo para todos de que isso é possível nesse esporte, mesmo que eu, Rafa, Roger, Murray e um par de outros tenistas tenhamos dominado de certa forma os Grand Slams recentemente. O tênis está melhorando. Todos jogam parelhos. Mesmo alguém com ranking 100 lugares abaixo do seu, em um determinado dia, especialmente na grama, se sacar bem, qualquer coisa pode acontecer", atestou Djokovic.
O Brasil teve apenas um representante na chave principal de simples, Bellucci. Por "sorte", o brasileiro caiu contra Nadal logo na estreia. Para quem já jogou contra o espanhol na Philippe Chatrier, em Roland Garros, a quadra central de Wimbledon talvez não parecesse tanta novidade. E o brasileiro começou muito mais à vontade do que o Touro e abriu 4/0, com duas quebras. Logo, porém, dois erros bobos trouxeram Rafa de volta à partida e aí, todos já sabem, não dá para segurar o ímpeto do espanhol. "Acredito que joguei bem, tive as minhas chances, mas não se pode errar contra um tenista como ele", resumiu Bellucci após a partida, bastante satisfeito com sua atuação e, mais ainda, com a notícia de ter ganhado um convite para jogar as Olimpíadas de Londres. Dois dias depois, contudo, o brasileiro deve ter sentido uma ponta de inveja e talvez até pensado ao ver Rosol, um azarão, vencendo Nadal no templo do tênis: "Podia ter sido eu".
Nas duplas, como já está virando rotina, o Brasil se deu bem melhor, com Marcelo Melo e Ivan Dodig, que atingiram as quartas. André Sá e Bruno Soares tiveram menos sorte e caíram na segunda rodada. Eles, assim como Melo, também vão jogar a Olimpíada. Por fim, os juvenis Beatriz Maia, Laura Pigossi e Gabriel Friedrich não foram além da segunda rodada.
Se há um lugar em que fazer parte da equipe de previsão do tempo é uma roubada é Londres, especialmente no verão. Quem assiste ao torneio pela televisão e nunca foi à capital inglesa talvez não entenda o porquê de, de repente, começar a chover, do nada, e os jogos serem interrompidos. Pois é, a coisa é tão maluca que mesmo quando o solão está a pino e tudo parece conspirar a favor de um dia maravilhoso, um ventinho traz nuvens e começa a famosa garoa, que vai e volta. Da mesma forma, quando o tempo está cinza, pode ser que, minutos depois, o céu azul apareça. Em um dia, é possível viver todos os climas.
Em qual outro Grand Slam você vai ver diversas pessoas na plateia segurando uma taça de Champagne? É, em Londres acontece. Assim como outra tradição britânica, morangos com creme. É muita sofisticação. Nem os franceses chegam a tanto.
O negócio da fila (The Queue, sim com letra maiúscula e tudo) é mesmo sério em Wimbledon. Para quem nunca foi, o tradicionalíssimo All England Club vende a maioria dos ingressos das principais quadras por meio de um sorteio com pessoas que se inscrevem um ano antes. Alguns poucos tickets sobram para quem suporta ficar na fila horas a fio. Então, já é regra a série de barraquinhas enfileiradas no gramado do Golf Club anexo ao torneio, ao lado da Church Road. As pessoas dormem lá para garantir os primeiros lugares e a chance de entrar na quadra central. A fila é tão praxe que à noite vê-se até entregadores de comida no portão do clube, chamados pelos esfomeados que vão pernoitar.
Os primeiros trens da manhã chegam a Wimbledon por volta de 7 horas. Se você madrugou e resolveu chegar bem cedinho, logo perceberá que não adianta muito - caso sonhe com um ingresso na central -, pois, assim que entrar na fila receberá um número e ele raramente será mais baixo do que 4 mil, o que vai lhe garantir apenas um ingresso comum, de ground. De qualquer maneira, estar na fila é uma experiência por si só. Tudo é tão bem organizado que, assim que chega, você recebe uma cartilha com um código de conduta e ai de quem tentar dar uma de espertinho e burlar as rígidas regras inglesas. A pena é a retirada da fila. A média de espera para entrar no All England é de 4 horas, ou seja, diante do clima maluco londrino, é possível enfrentar frio, chuva, sol e calor em curtíssimo espaço de tempo. Boa sorte!
Mais de 40 mil pessoas ingressam no complexo do All England Club por dia e a maioria delas nem sonha com a chance de ver um jogo das quadras principais na arquibancada. Assim, muitos ficam rodando pelas quadras secundárias. Outros tantos, contudo, levam uma toalha, sentam no Aorangi Terrace, também conhecido como Henman Hill e agora apelidado de Murray Mount, para ficar vendo as principais partidas em um telão como se estivessem em um parque convencional, aproveitando para fazer um piquenique.
SIMPLES
Roger Federer (SUI) v. Andy Murray (GBR) 4/6, 7/5, 6/3 e 6/4
Serena Williams (USA) v. Agnieszka Radwanska (POL) 6/1, 5/7 e 6/2
DUPLAS
Jonathan Marray (GBR) e Frederik Nielsen (DEN) v.
Robert Lindsted (SWE) e Horia Tecau (ROU) 4/6, 6/4, 7/6(5), 6/7(5) e 6/3
Serena Williams e Venus Williams (USA) v. Andrea Hlavackova e Lucie Hradecka (CZE) 7/5 e 6/4
Mike Bryan e Lisa Raymond (USA) v. Leander Paes (IND) e Elena Vesnina (RUS) 6/3, 5/7 e 6/4
JUVENIS
Filip Peliwo (CAN) v. Luke Saville (AUS) 7/5 e 6/4
Eugenie Bouchard (CAN) v. Elina Svitolina (UKR) 6/2 e 6/2
Andrew Harris e Nick Kyrgios (AUS) v. Matteo Donatie Pietro Licciardi (ITA) 6/2 e 6/4
Eugenie Bouchard (CAN) e Taylor Townsend (USA) v. Belinda Bencic (SUI) e Ana Konjuh (CRO) 6/4 e 6/3
O tênis vem se tornando cada vez mais midiático e a participação dos fãs, apesar de controlada, também influencia mais. US Open e Australian Open apelam para música nas viradas de lado em suas quadras centrais. Roland Garros tem uma torcida intensa, que quase nunca para. Wimbledon, por sua vez, mantém a mesma aura da época de seu surgimento e isso certamente influencia os espectadores, que costumam ser mais comportados, manifestando-se bem menos do que em outros torneios. Dessa forma, assistir a um jogo na quadra central impressiona, pois, como dizem, é possível ouvir a respiração do jogador antes do saque, tamanho o silêncio.
Publicado em 19 de Julho de 2012 às 08:00