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Algoz de Federer, Rublev sofreu com lesões e chegou a entrar em depressão antes voltar ao circuito

Russo ficou três meses longes das quadras em 2018 e chegou a sair do top #100 no início do ano. Hoje, eliminou o suíço, heptacampeão do Masters de Cincinnati


Foto: Divulgação

Andrey Rublev alcançou a maior vitória de sua vida nesta quinta-feira. Promissor russo de 21 anos, ele derrotou o suíço Roger Federer e garantiu a classificação rumo às quartas de final do Masters de Cincinnati.

Ex-número #31 do mundo, Andrey sofreu com lesões nas últimas temporadas. Em 2018, logo após o ponto alto da carreira ele sofreu com uma lesão nas costas e precisou ficar três meses fora das quadras. Antes disso, no início do ano, ele já havia perdido o ATP de Auckland por conta de dores no braço direito.

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“Essa época foi muito difícil para mim. Eu estava completamente deprimido, para baixo. Lembro-me de não assistir a nenhuma partida de tênis porque sempre que vi as notícias sobre tênis ou algo assim, ficava mais triste por todos os caras estarem jogando e competindo no circuito enquanto eu estava lá no sofá, sem fazer nada. "Foi um momento muito difícil e estou feliz que já passou quase um ano. Espero que isso nunca aconteça novamente", disse Rublev em entrevista ao site da ATP em março. 

Em entrevista à página Behind The Raquet, do também tenista Noah Rubin, Rublev contou mais detalhes do momento difícil pelo qual passou. "Foi uma época incrivelmente difícil para mim, que levou a uma depressão. Eu nasci para competir e agora não conseguia e então vieram os momentos de depressão", comentou. "Quando eu comecei a assistir aos jogos, eu quase tive a mesma sensação que eu tinha ao jogar, mas então ela era superada pela tristeza quando percebia que levaria algum tempo até que eu pudesse jogar de novo", finalizou. 

 
 
 
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“It was last year when I sadly had a stress fracture in my lower back. It kept me out of competition for three months. It was an incredibly tough time for me which led to some depression. Since the injury was in my back I wasn’t allowed to do anything for the first two months. I had more free time than I ever had and I didn’t know what to do with it all. I missed the sport so much and all I wanted to do was compete. I clearly remember nothing else at the time was making me happy. It truly was one of the toughest moments of my career. I was born to compete and now I couldn’t and that’s where moments of depression came from. I would try to not keep up with any results from tournaments. Any time I did, by accident, it would make me really upset to see other players doing something I couldn’t at the time. I am here at home doing nothing while they are doing their best and improving. I had to continue to wait for the bone to heal to do even a little rehab. I just wanted to do a little fitness but it was killing me that there was absolutely nothing I could do. While I began to watch matches I almost got that same feeling of competition that I would get from playing, but then it would be overtaken by sadness when I knew it would be some time until I could do it again. There were definitely moments when I would be doing minor rehab and forget all these problems but it would always come back. I would watch a match and realize just how long the road to recovery is and how much longer until I am back on court. It made me want to be back on court more than anything.”

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Tudo isso fez com que ele caísse consideravelmente no ranking da ATP, aparecendo como 115º do mundo em fevereiro. Um período de bons resultados o fez voltar ao top #100, antes de uma lesão no punho o fazer perder Roland Garros e o início da temporada de grama.

Nas últimas semanas, entretanto, Rublev parece estar bem fisicamente. Em julho, ele derrotou nomes como o número #4 do mundo  e o ex-top #10 Pablo Carreno Busta na caminhada até o vice-campeonato no ATP de Hamburgo.

Agora, com o triunfo sobre Roger, ele parece ter encontrado um momento de virada na carreira. Com a classificação, que marca a 1ª vez dele nas quartas de final de um Masters 1000, o russo deve saltar ao menos 23 colocações e voltar ao top 50.

Da redação

Publicado em 15 de Agosto de 2019 às 19:04


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