A bola é sua

Críticas, sugestões, opiniões


A mágica não acabou!

Na capa da edição 58 da revista, a seguinte pergunta era feita sobre o futuro de Roger Federer após a derrota em Wimbledon 2008: "Acabou a mágica?" A resposta é não, sem dúvida alguma. Mesmo que não tenha exibido mais o tênis de 2004 até 2007,o suíço continua fazendo suas jogadas mágicas que deixam a todos nós embasbacados e felizes por vermos elas ao vivo e em cores. Querem exemplos? O Novak Djokovic que o diga, pois o sérvio foi antagonista de duas jogadas geniais e de raríssima plasticidade e beleza (duas pinturas a la Picasso), ambas nas semifinais do US Open. Em 2008 levou um smash lob e, em 2009, sofreu um espetacular Grand Willy. E falando em US Open 2008, foi nele que Federer reencontrou seu tênis e pôde comemorar o pentacampeonato salvando o fraco ano após as derrotas na Inglaterra e nas Olimpíadas. Porém, quis o destino testar a persistência do suíço. O título nos Estados Unidos foi o seu 13º Grand Slam e foi neste momento que a pressão quase dominou o campeão. Eliminação precoce ainda no round robin da Master Cup (pela primeira vez na carreira); uma dolorosa derrota para Nadal no início de 2009 na Austrália e até uma raquete quebrada (depois de muitos anos) no Masters 1000 de Miami só aumentaram o seu calvário. Muitos (entenda-se os invejosos) ousaram em dá-lo como um acabado, sem motivação por estar milionário e com dezenas de títulos. Federer estava tão "estranho" que deu graças a Deus quando a temporada de saibro chegou, provocando muita desconfiança e até risos de alguns. Será que ele precisava urgentemente de um técnico em tempo integral? Os risos até que se justificaram num primeiro momento com a derrota nas oitavasde- final de Monte Carlo, porém eles acabariam se calando semanas depois... Roger deu um salto espetacular de rendimento: faturou seu primeiro caneco do ano no Masters 1000 de Madri (frente a Nadal e sua torcida); se consagrou ao vencer Roland Garros pela primeira vez (fazendo o Career Slam e igualando os 14 Majors de Sampras) e se imortalizou em Wimbledon (ultrapassando Sampras em partida que teve na plateia, além do gênio americano, as lendas Rod Laver e Bjorn Borg).

E quando muitos pensavam que o mestre estava "cansado" de vencer os grandes torneios, ele novamente nos surpreende e vence o Australian Open 2010 e ainda demonstra seu lado humanitário, promovendo um jogo-exibição em favor das vítimas do terremoto no Haiti. Senhoras e senhores, este é Roger Federer, gênio e número um do mundo dentro e fora das quadras. Seria ele igual ao vinho, quanto mais velho melhor? A reencarnação de Picasso com uma raquete ao invés dos pincéis? Será que seu talento é igual ao de uma jóia rara, cobiçada por muitos e feita para poucos? Ou o suíço é uma síntese do que há de melhor nestas três personificações? Abraços a toda a equipe e aos leitores da Revista TÊNIS.
Willian Araujo dos Santos

Onde comprar em NY?
Estou indo a Nova York. Vocês teriam algumas dicas de lojas especializadas para quem pratica tênis fazer compras na cidade?
Amélio J.Tazoniero Júnior

Amélio, a Mason's Tennis é uma loja bastante interessante de conhecer. www.masonstennis. com. 56 East 53rd Street - entre a Madison e a Park Avenue. É uma loja relativamente pequena, mas o dono, Mark, é capaz de conseguir tudo o que você precisar - mesmo que não tenha na loja - em até 48 horas. Fora isso, há as grandes lojas como Paragon Sports e Sports Authority, que costumam ter bastante coisa de tênis. Boa viagem e boas compras!

#Q#

Livros para crianças
Sou professor de tênis e assino a revista de vocês há algum tempo. Gostaria de saber se vocês têm alguma literatura para me indicar sobre aulas para crianças (atividades, brincadeiras etc), pois estou interessado em melhorar minhas aulas infantis. Desde já, agradeço a colaboração.
André

André, uma das boas opções é o livro "Tênis para Crianças: Manual para Pais, Filhos e Mestres" da professora Suzana Silva. E, se você acompanha a revista há algum tempo mesmo, procure seus exemplares antigos e verá que a própria Suzana Silva publicou uma série de artigos para crianças, dando dicas de atividades, brincadeiras e outras coisas sempre voltadas para o desenvolvimento do tênis.

Agassi anti-heroi?

Fiquei extremamente decepcionado com as declarações de Agassi e mais decepcionado ainda com as instituições que regulam o tênis pela complacência. Lamentável. Temos que prezar pelo esporte e fazer com que todos cumpram as regras. Não importa a fama ou a consequência. Todos são iguais. Adiantaria Federer bater todos os recordes do tênis e depois dizer que, na verdade, tomou um dopinzinho sem querer, pediu desculpa e ninguém mais falou sobre o assunto? Que autoridade ele teria? Qual seria o exemplo? O que mais questiono agora com Agassi é exatamente isso, o exemplo. Qual é o exemplo que fica dele? De sua carreira? Superação? Frustração? Ele é um grande cara, mas uma escorregada como essa é muito feia. Qual o exemplo que fica para os mais jovens? Seria melhor escolher outro exemplo agora, não? Enfim, estou bastante indignado, mas é passado e como diz o ditado, o passado nos condena.
Pedro Humberto

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Da redação

Publicado em 22 de Fevereiro de 2010 às 07:31


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