Garantido no top 10, Bruno Soares desafia irmãos Bryan por final inédita em Roland Garros

Duplista já assegurou a sexta posição no próximo ranking da ATP, mas quer chegar a primeira final de Grand Slam da carreira ao lado de Alexander Peya

Matheus Martins Fontes, Em São Paulo em 5 de Junho de 2013 às 14:00

A partir das 10h30 (horário de Brasília) dessa quinta-feira, o mineiro Bruno Soares entrará em quadra em busca do melhor resultado da carreira nas duplas. Ao lado do austríaco Alexander Peya, ele enfrentará os irmãos Bob e Mike Bryan na semifinal de Roland Garros na quarto jogo da quadra 2 do complexo francês.

Alexander Peya e Bruno Soares tentam chegar à final em Roland Garros amanhã
Com a vitória sobre os poloneses Mariusz Fyrstenberg e Marcin Matkowski nessa quarta, Bruno repete a semifinal alcançada em Paris no ano de 2008, quando fazia parceria com o sérvio Dusan Vemic. Com Peya, o número 1 do Brasil na modalidade já havia alcançado as quartas de final do US Open no ano passado, mas no Australian Open desse ano foram mal e caíram logo na segunda rodada.

Contra os Bryan amanhã, Bruno sabe que não terá moleza. Em 12 confrontos (com diversos parceiros) diante da melhor dupla da atualidade (e da história, segundo os números!), o brasileiro de 30 anos levou a melhor em apenas três - na segunda rodada de Roland Garros em 2010, de Washington/2011 e na Copa Davis deste ano, em todas junto com o ex-parceiro Marcelo Melo.

Com Peya do mesmo lado da rede, Bruno enfrentou os gêmeos dos EUA em duas ocasiões em 2013, na final do Masters 1000 de Madri e na semifinal do ATP 500 de Memphis. Em ambas, os Bryan acabaram saindo com o triunfo.

No entanto, o brasileiro aposta no ótimo momento que atravessa na modalidade para superar os americanos amanhã. "Vamos entrar para fazer o nosso jogo e tentar impôr o ritmo", garantiu Bruno. Com a vaga na semifinal, Soares já chega a um total de 4.990 pontos e subiria do 13º para o 6º lugar no ranking da ATP, igualando-se a Carlos Kirmayr, que também foi o sexto melhor duplista do mundo em 1983.

Bruno (à esq.) conseguiu bater os irmãos Bryan na Copa Davis esse ano com Marcelo Melo
Na história de duplas, o Brasil teve seu maior destaque com Cássio Motta, que chegou ao quarto lugar na mesma temporada de 1983. No fim daquele ano, Kirmayr e Motta jogaram o Masters de Nova York. Se chegar à final, Bruno subirá para quinto e, caso vença o primeiro título de Grand Slam na modalidade, estará na terceira posição na próxima segunda-feira.

Lembrando que Bruno já tem um título de Grand Slam no currículo, mas em duplas mistas ao lado da russa Ekaterina Makarova no US Open do ano passado. Em Roland Garros, o tenista de Belo Horizonte jogou a chave mista com a norte-americana Lisa Raymond e ambos perderam nas quartas de final para Liezel Huber e Marcelo Melo.

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