Ex-número um do Brasil, Daniel não entra em Roland Garros e acaba sem despedida

Gaúcho esperava disputar pela última vez Grand Slam francês, mas ficou a uma vaga da chave principal; atleta não descarta jogar exibição

Da redação em 17 de Maio de 2011 às 17:29

Marcos Daniel não teve sorte e acabou não entrando em Roland Garros em sua despedida do tênis
A vida de Marcos Daniel realmente não foi das mais fáceis no mundo do tênis. Para os mais leigos que pensavam que a carreira neste esporte traz dinheiro e conforto de sobra, o exemplo do experiente gaúcho de 32 anos faz a premissa cair por terra.

Sempre com muito esforço, Daniel correu atrás de resultados, patrocínios, incentivos, tudo o que pudesse para sustentar sua família. E um lugar entre os 60 melhores do planeta, por várias vezes o melhor brasuca colocado no ranking da ATP, isso não é nada mal para quem nunca teve o mais fácil em suas mãos. Porém, mesmo declarando que 2011 será sua última temporada profissional, nem assim o brasileiro teve "sorte" em seu desfecho.

Ex-top60, gaúcho ficou a uma desistência de vaga na chave principal em Paris
O jogador natural de Passo Fundo não terá sua sonhada despedida das quadras em Roland Garros. Daniel ficou a apenas uma desistência da chave principal e, com o início do qualificatório nesta segunda-feira, não tem chances de jogar em Paris.

Marquito planejava sua despedida oficial no Grand Slam do saibro, largou como o quarto na lista de desistências do torneio parisiense, mas apenas três baixaram. Até o início do torneio, no domingo, são esperadas alguma baixas, mas as vagas seriam destinadas aos lucky-losers, perdedores da última fase do quali.

No ano da aposentadoria, Daniel lamentou a perda de vaga em Roland Garros
"Acordei quatro da manhã desta terça, olhei para ver se tinha baixas até às 6h e nada. Lamentável, estou muito chateado. Nunca vi uma situação dessa para Roland Garros, sempre houve mais desistências", desabafou o tenista que também planejava se despedir em um Challenger na Colômbia em junho que acabou cancelado.

Daniel até agora não tem nada programado para sua despedida e pretende não usar o ranking para jogar qualquer torneio. Mas ele não descarta fazer uma exibição ou jogar algum evento. "Sigo treinando, batendo bola, mas fica difícil para mim. A princípio, não vou usar meu ranking (151) para jogar nenhum torneio onde provavelmente perderei na primeira rodada, a não ser que me convidem pra fazer algo legal em uma exibição ou Challenger aqui no Brasil ou fora", concluiu o atleta que pretende trabalhar no esporte quando pendurar a raquete.

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