Mineiro faz temporada irretocável com cinco títulos, vice do US Open e já está classificado para o ATP Finals de Londres ao lado do parceiro Alexander Peya
Por Matheus Martins Fontes, da redação em 7 de Outubro de 2013 às 11:07
PONTE VEDRA (Estados Unidos) - O brasileiro Bruno Soares nem precisou entrar em quadra na semana passada para tornar-se o maior duplista da história de seu País. Nessa segunda-feira, o ranking da ATP mostrou a evolução do mineiro em uma posição e, assim, ele ocupa a terceira colocação da lista, atrás apenas dos irmãos Bob e Mike Bryan, isolados na liderança.
Bruno ultrapassa, assim, o paulista Cássio Motta, que, em 1983, foi o número 4 do mundo em temporada em que jogou o Masters em Nova York (com o compatriota Carlos Kirmayr). Naquele ano, o ex-tenista venceu três torneios (Lisboa, Boston e Washington), enquanto que, em 2013, Bruno já venceu cinco eventos (ATPs 250 de Brisbane, Brasil Open, Eastbourne, ATP 500 de Barcelona e Masters 1000 de Montreal), além do vice-campeonato do US Open.
Bruno garantiu, dessa maneira, a classificação antecipada para o ATP Finals de Londres, em novembro, ao lado do austríaco Alexander Peya. Aliás, o mineiro subiu para terceiro no ranking, aproveitando um "vacilo" do companheiro.
Na última semana, tanto Peya como Bruno tinham 6.810 pontos, porém o austríaco acabou perdendo mais terreno. A explicação é a seguinte - os dois defendiam 500 pontos do título do ATP 500 de Tóquio do ano passado, mas como Peya está machucado, Bruno também não jogou a competição.
Como Bruno e Alex possuíam eventos "de gaveta", que não faziam parte da contagem geral de cada um, o mineiro trocou os 500 pontos do Japão pelos 250 da conquista em Auckland, no começo deste ano. Por sua vez, Peya usou nessa contagem os 180 pontos da semifinal do ATP 500 de Acapulco, deixando a porta aberta para Bruno entrar no top 3.
Hoje, Bruno tem 6.560 pontos (contra 6.490 de Peya) e está a mais de 5.000 de diferença para Bob e Mike Bryan, que lideram juntos com 12.700. Marcelo Melo, outro brasileiro de destaque em 2013, manteve o 11° posto.
Até o momento, o Brasil é a segunda maior potência do top 11 em duplas (com Marcelo e Bruno), empatado com os Estados Unidos (Bob e Mike Bryan), Espanha (Marc Lopez e Marcel Granollers) e superado apenas pela Índia, com três representantes no seleto grupo (Leander Paes, Rohan Bopanna e Mahesh Bhupathi).