Espanhol conquistou 27 títulos de ATP e foi número 3 do mundo
Da redação em 3 de Maio de 2019 às 10:00
Reprodução Twitter/Barcelona Open
Os últimos anos do tênis foram marcados pela hegemonia do quarteto composto por Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray. Os três primeiros, por exemplo, somam 52 Slams juntos. Mas durante este período um espanhol em particular chamou a atenção pelo espírito guerreiro e pela grande capacidade física e mental: David Ferrer.
Nascido em Javea, ele não foi o mais técnico jogador de sua geração, mas sempre esteve perto do topo. Chegou a ser número 3 do mundo, conquistou 27 títulos de ATP e agora, aos 37 anos, encerrará sua carreira no Masters 1000 de Madri, na próxima semana.
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Ferrer fez parte da forte geração espanhola, encabeçada por Nadal, mas que contou também com nomes como Fernando Verdasco, Feliciano Lopez e Nicolas Almagro, entre outros. Em números gerais, porém, a carreira de David só não supera a de Rafael.
Superando todas as dificuldades por não ser tão alto (1,75m) para os padrões atuais do tênis, Ferrer alcançou, em 2013, já na casa dos 30 anos, o posto de número 3 do mundo, sua melhor marca. Nesta mesma temporada, fez sua maior campanha em um Slam: final de Roland Garros, perdendo para Nadal.
Confira os melhores ralis do duelo Ferrer x Nadal, que teve 32 jogos:
Entre 2010 e 2015, o espanhol conquistou pelo menos um ATP em todas as temporadas. Em 2012, alcançou a incrível marca de 7 títulos, incluindo seu troféu de maior peso, no Masters 1000 de Paris. Curiosamente, a maior taça de Ferrer veio na quadra dura, e não no saibro, seu principal piso.
Ao longo da carreira, foram 27 conquistas, incluindo uma no Brasil, o Rio Open de 2015. A primeira aconteceu no já longínquo 2002, quando ainda garoto venceu o ATP de Bucareste. O último título veio em 2017, no 250 de Bastad. Em um momento no qual já sabia que não vivia mais o auge, David se emocionou muito com a vitória na Suécia.
Pela forte seleção espanhola, o atual número 144 do mundo foi campeão da Davis em 2008, 2009 e 2011, anos em que participou das finais, contra Argentina (duas vezes) e República Tcheca. Em 2018, na última edição da competição em seu formato tradicional, Ferrer ganhou partida épica contra Philipp Kohlschreiber, dando vitória à Espanha contra a Alemanha.
Confira homenagem a Ferrer em Buenos Aires, em fevereiro:
Seu espírito em quadra e postura fora dela renderam diversos elogios e homenagens ao tenista após o anúncio de sua aposentadoria. "David é um dos grandes da história deste torneio. Entendemos a decisão dele. Mas ele é um jogador que poderia seguir no circuito pelo nível de tênis que ele ainda mostra", destacou Nadal após o duelo entre eles na semana passada, em Barcelona.
¿A quién le gustaría enfrentarse por última vez a @DavidFerrer87? #MMOPEN
— Mutua Madrid Open (@MutuaMadridOpen) May 2, 2019
Perguntado, já em Madri, sobre quem seria seu rival ideal para uma despedida, Ferrer foi enfático: "Eu diria Roger Federer, é um tenista do qual nunca consegui ganhar. Acabar contra um dos maiores da história seria incrível. Mas sinceramente, é um torneio em que estão os melhores, então acabe contra quem acabar, será um momento bonito e especial para mim".
Confira a lista dos 27 títulos de David Ferrer no circuito ATP:
2002 - Bucareste
2006 - Stuttgart
2007 - Auckland, Bastad e Tóquio
2008 - Hertogenbosch e Valencia
2010 - Acapulco e Valencia
2011 - Auckland e Acapulco
2012 - Auckland, Buenos Aires, Acapulco, Hertogenbosch, Bastad, Valencia e Paris
2013 - Auckland e Buenos Aires
2014 - Buenos Aires
2015 - Doha, Rio de Janeiro, Acapulco, Kuala Lumpur e Viena
2017 - Bastad